Reunião marcada pelo Palácio do Planalto para discutir a saúde financeira da Petrobras, sem pauta divulgada. Interlocutores de Lula indicam que crise na estatal não será tema.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião importante neste sábado (6) com representantes da sociedade civil, movimentos sociais e um membro da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O encontro está marcado para acontecer na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência, onde Lula costumava organizar eventos durante seus dois primeiros mandatos.
Não foram divulgados os assuntos que serão debatidos durante a reunião, mas segundo fontes próximas de Lula, a situação da estatal não deve ser um dos temas discutidos, apesar do representante do sindicato dos petroleiros estar presente e toda a controvérsia política em torno da Petrobras.
Reunião Marcada no Palácio do Planalto
No encontro, que deve ser uma espécie de confraternização, o ex-presidente Lula vai ouvir a percepção das centrais sindicais e de representantes da sociedade civil sobre o desempenho do governo durante suas festas nos dois primeiros mandatos.
Aliados do ex-presidente Luiz Inácio acreditam que os resultados positivos das políticas implementadas pelo governo no primeiro ano de gestão começarão a surtir efeito ainda no primeiro semestre deste ano, mesmo diante da crise na Petrobras.
Luiz Inácio e a Crise na Petrobras
É incerta a permanência do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no cargo, em meio ao processo de fritura promovido pelos Ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, junto ao Palácio do Planalto.
As rusgas se intensificaram depois que Prates se absteve da votação do Conselho de Administração da Petrobras que determinou a retenção dos R$ 43,9 bilhões que seriam distribuídos aos acionistas como dividendos extraordinários.
Nesta sexta-feira (5), o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu novamente para discutir a saúde financeira da companhia e abrir caminho para a distribuição dos dividendos retidos em março, mas Prates não participou da reunião. Nos bastidores do governo, já é ventilada uma eventual substituição de Prates quiçá para preservar a saúde financeira da Petrobras e assegurar uma gestão pública eficiente.
Quando votaram pelo represamento dos dividendos, os indicados do governo no conselho da Petrobras justificaram a decisão por uma necessidade manter o dinheiro em caixa para conseguir condições melhores de financiamento para os projetos de investimento, reduzindo o nível de risco.
Fonte: G1 – Política
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