Jantar fechado na casa de Gilmar Mendes. Participação de Dino, Zanin e Alexandre de Moraes. Retórica de Elon Musk e agenda econômica discutidas.
Após desembarcar em Brasília, o ex-presidente Lula participou de um jantar fechado na casa do ministro Gilmar Mendes. Além de fazer um gesto ao Supremo Tribunal Federal, Lula aproveitou a oportunidade para debater a nova onda de ataques à corte na companhia de Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (AGU).
Durante o jantar, Luiz Inácio Lula da Silva conversou com os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes para discutir a situação atual do ataque institucional ao Judiciário. Os participantes concordaram que o ataque não perdeu tração desde o 8 de janeiro e está passando por um processo de reforço, inclusive com um braço de ofensiva internacional.
Reunião de Avaliação de Cenários com Lula
A conversa, de acordo com os participantes, teve um tom tranquilo, de análise de cenários, e não de tomada de decisão. O próprio Luiz Inácio pareceu preocupado e expressou a limitação de ação no Congresso, já que a agenda econômica, um pilar importante do governo, precisa progredir nas duas Casas.
Esse diálogo acontece em um momento em que setores da Câmara ensaiaram ‘mandar um recado’ ao Supremo Tribunal Federal, relaxando a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de duplo homicídio de Marielle e Anderson, o motorista da vereadora.
Ainda assim, os ministros da corte apontaram a falta de vozes de líderes alinhados ao entendimento de que sim, é necessário regular as redes, e que incentivem ou até mesmo pressionem o Congresso nessa direção.
Nesse momento, foi mencionado inclusive que, ao contrário do desejado, pessoas influentes ligadas ao governo ajudaram a ala mais conservadora — e extremista — do Senado a impor derrotas ao STF, em alusão ao voto dado por Jaques Wagner (PT-BA) para impor restrições a decisões monocráticas e individuais.
Lula indicou que gostaria de transformar essas reuniões de análise de cenário em algo periódico para a retomada de pontes institucionais entre os Poderes. Os ministros concordaram.
Fonte: G1 – Política
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