Lula visita África para agenda de ciência e tecnologia. Etiópia e Liga Árabe são destinos do presidente.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está realizando uma série de compromissos oficiais durante sua viagem ao Egito nesta quinta-feira (14).
No país, Lula está discutindo com o presidente egípcio Abdel Fatah El-Sisi a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, além de firmar acordos internacionais. O ex-presidente está totalmente engajado em questões internacionais e em busca de soluções para conflitos globais.
Lula estreita laços com países africanos em viagem internacional
Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio, também conhecido como Lula, manteve uma extensa agenda de compromissos recentemente, visitando museus e conversando com egípcios sobre uma possível colaboração para recuperar itens do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que sofreu graves danos em um incêndio no dia 2 de setembro de 2018.
Após cumprir uma intensa sequência de compromissos no Egito, onde se reuniu com o presidente egípcio, Abdel Fatah El-Sisi, Lula seguiu em viagem para a Etiópia – dois países africanos que passaram a integrar o Brics em 2024.
O Brics, grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo, conta com a presença do Brasil desde 2006. O governo brasileiro apoiou a ampliação e a entrada dos dois países africanos no grupo.
Esta é a segunda viagem de Lula por países da África desde que tomou posse como presidente da República. No ano passado, Lula visitou África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.
Durante a campanha eleitoral de 2022, o ex-presidente Lula colocou entre as diretrizes do programa de governo a previsão de ‘reconstruir’ as relações entre o Brasil e países africanos. Anteriormente a Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro não visitou países africanos durante o seu mandato (2019-2022).
Naquele ano, antes mesmo de ter tomado posse e na condição de presidente eleito, Lula esteve no Egito, a convite do governo local, para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Compromissos no Egito
De acordo com a agenda de Lula no Cairo, nesta quinta estão previstas duas reuniões com o presidente egípcio, Abdel Fatah El-Sisi: uma privada, apenas entre os chefes de Estado (e intérpretes), e uma ampliada (com ministros e outras autoridades dos países, por exemplo).
Em comunicado divulgado à imprensa nesta terça (13), o Ministério das Relações Exteriores informou que os dois presidentes discutirão nos encontros temas como as mudanças climáticas e a guerra entre Israel e o Hamas.
A guerra começou em outubro do ano passado, após o grupo terrorista atacar Israel. Milhares de pessoas morreram na região.
O Brasil repatriou cerca de 1,5 mil cidadãos que estavam na região de conflito e pediram ajuda ao governo para retornar ao país desde que o conflito começou. Deste grupo, 115 eram brasileiros que viviam na Faixa de Gaza – que faz fronteira com o Egito – e só puderam retornar ao país após o Egito abrir as fronteiras.
Lula também terá agendas com outros países árabes durante a viagem ao Egito. Ele terá uma reunião com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Ahmed Aboul Gheit. Além disso, participará de uma sessão extraordinária do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes.
Depois, o presidente partirá para Adis Abeba, capital da Etiópia, onde também cumprirá agendas.
Etiópia
No segundo destino da viagem, Lula deverá ter reuniões com autoridades locais e participar da Assembleia da União Africana.
O grupo passou a integrar o G20, obtendo o mesmo status da União Europeia junto à entidade.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o discurso do presidente ainda não está finalizado, mas Lula deverá reforçar as oportunidades de cooperação entre os países africanos e o Brasil, acrescentando que, durante a presidência brasileira do G20, os três eixos centrais do grupo são:
- inclusão social com combate à fome e à pobreza;
- desenvolvimento sustentável e transição energética;
- reforma da governança global.
Sobre este último ponto, Lula tem defendido, por exemplo, que ao menos um país africano tenha representante no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) — Lula também tem defendido que o Brasil, a Alemanha e o Japão também passem a integrar o grupo.
Fonte: G1 – Política
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