Jeferson Pires, autor da imagem da garça com copo no pescoço, compartilhou situações ainda mais preocupantes: copo, plástico, garça-moura, desafios para o resgate, fauna silvestre, clínica e cirurgia de animais selvagens.
Na última segunda-feira, 2, o médico veterinário e biólogo Jeferson Pires flagrou uma cena alarmante: uma garça-moura (Ardea cocoi), a maior espécie de garça do Brasil, com um copo plástico preso ao pescoço próximo ao Rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A garça-moura, um animal migratório que chega ao Brasil apenas durante a temporada de novembro a março, é uma espécie protegida que não pode ser caçada ou presa. Segundo o especialista, a garça-moura não se alimenta de lixo e não tem o hábito de ocorrer em áreas com destinação inadequada de resíduos, como lixões.
Essa cena é um exemplo da poluição e do descarte inadequado de resíduos que afetam a vida silvestre em todo o Brasil. O especialista destaca a importância do uso correto dos produtos, evitando o uso excessivo da embalagem e a descarte impróprio em locais comuns, a exemplo de ruas, praças, lagos e rios. Afinal, como afirma Jeferson Pires, “a cada segundo, 1.000 toneladas de lixo são produzidas em todo o mundo, e o impacto na natureza é muito grande”. Nesse sentido, a disseminação de práticas sustentáveis, como o uso de lixo reciclável e a recuperação de materiais, deve ser incentivada, especialmente em áreas populosas.
Ameaças associadas ao lixo
O impacto de lixos inadequadamente descartados à fauna silvestre está se tornando cada vez mais uma preocupação, conforme ilustra o caso da garça-moura que teve um copo de plástico preso ao pescoço, conforme revelado por um veterinário em suas redes sociais. As imagens compartilhadas mostram a gravidade do problema e ressaltam a importância de lidar com o lixo de forma responsável para evitar danos à fauna.
O veterinário em questão tentou ajudar a garça, mas ela voou para uma árvore alta, dificultando a captura. Ele adotou uma estratégia diferente, usando uma câmera de alta definição em um drone para investigar se havia outros obstáculos no pescoço da ave. Além disso, ele mudou a abordagem e passou a usar uma técnica chamada ceva, colocando peixe em um local que a garça frequentava regularmente, com o objetivo de capturá-la com uma armadilha. O drama da garça é apenas um exemplo dos danos causados pelo lixo no meio ambiente, e um veterinário com 20 anos de experiência em clínica e cirurgia de animais selvagens destaca que os resíduos plásticos são um problema sério.
Fonte: @ Terra
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