Presidente sancionou o Sistema Nacional de Cultura em Recife, conhecido como ‘SUS da Cultura’, durante evento.
A Lei Rouanet é alvo de controvérsias há muitos anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou sua defesa em um evento recente. Durante a sanção do Sistema Nacional de Cultura (SNC), em Recife, ele destacou a importância da lei e afirmou que é preciso lutar contra os conservadores que são contra a cultura e contra a arte. Lula enfatizou que a Lei Rouanet não é para ‘sustentar vagabundo’, como muitas vezes é erroneamente afirmado por detratores da legislação.
O presidente também ressaltou que, com o Sistema Nacional de Cultura, agora ninguém pode achar que extinguindo o Ministério da Cultura vai acabar com a cultura. Ele reforçou que a Lei Rouanet é fundamental para o incentivo cultural no país e que é necessário combater os estereótipos que denigrem a importância desse mecanismo de fomento à cultura.
Novo discurso de ex-presidente sobre a Lei Rouanet
A fala vem em contexto de crítica da gestão passada, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
‘Críticas à gestão passada e a visão conservadora’
‘Porque era essa imagem que tentaram passar dos criadores de arte desse país: um bando de vagabundo que fazem coisas que não tem interesse para a sociedade, que mal educa as nossas crianças e os nossos adolescentes. Isso num momento histórico em que a ignorância comandava o nosso país’, completou.
Em outro momento, Lula afirmou que o real funcionamento do incentivo foi desvirtuado e sobre as dificuldades enfrentadas por artistas negros.
Discussão sobre a virtualização do incentivo cultural
‘A Lei Rouanet não é favor, a Lei Rouanet ela não dá dinheiro para o cara, ele aprova um projeto, e o artista que teve o projeto aprovado ele vai ter que correr atrás de dinheiro e, vou contar uma coisa para vocês: se ele for negro e pobre da periferia, ninguém quer dar dinheiro para ele. As pessoas querem dar dinheiro para outro tipo de artista’, frisou.
‘E nós precisamos fazer com que os mais humildes tenham acesso ao financiamento para apresentar sua música, sua arte. Porque senão o país vai ter um país apenas de uma classe social. Não queremos um país em que seja uma supremacia branca de olhos verdes, não. Nós somos assim como nós somos, negros, brancos, pardos, porque somos resultado de uma mistura’, prosseguiu.
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Fonte: G1 – Política
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