Operadores da 13ª Vara Federal manipularam jurisdição para manter investigações da Lava Jato envolvendo Marcelo da Odebrecht.
Desde o começo, os envolvidos na extinta ‘lava-jato’ trabalharam para influenciar o nível de jurisdição e manter as investigações e os casos resultantes na 13ª Vara Federal de Curitiba. Esse foi um dos pontos destacados pelo advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo Odebrecht, em conversa com o jornalista Luis Nassif, no canal de televisão GGN.
Em meio às revelações, a Operação lava-jato trouxe à tona diversas controvérsias e questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos. A atuação da lava-jato foi alvo de críticas e levantou debates sobre a imparcialidade das decisões tomadas. A transparência e a ética foram postas em xeque durante o desenrolar da Operação.
Operação Lava-Jato: Novas Revelações Sobre Envolvimento de Marcelo Odebrecht
De acordo com as declarações, o executivo não tinha qualquer participação nos contratos com a Petrobras. Nabor Bulhões enfatizou que Marcelo Odebrecht não estava ligado aos contratos da Petrobras, às empresas prestadoras de serviços para a estatal, nem às empresas contratadas por meio de licitações.
Manipulação e Ilegalidades na Operação Lava-Jato
Nabor Bulhões destacou que os diálogos da ‘vaza jato’, obtidos pela Spoofing, revelaram que Moro teria ordenado que o delegado desconsiderasse a restrição de mandados para empresas específicas, permitindo buscas em 20 andares de um edifício onde operavam 16 empresas do grupo. Desde o início, Moro teria assumido competências indevidas.
Outra irregularidade apontada foi a manipulação das transcrições das gravações feitas pela Polícia Federal. Nos registros da ‘lava jato’, um personagem era constantemente identificado como HNI (homem não identificado), que posteriormente foi revelado como o deputado federal José Janene (PP). O advogado ressaltou que as transcrições alteravam as falas de Janene, usando reticências e o termo HNI, o que configurava uma clara manipulação de provas.
Pressão e Coação no Consórcio de Curitiba
Nabor também mencionou a atuação do consórcio de Curitiba para forçar acordos de delação, chegando ao ponto de ameaçar prender clientes e garantir que nunca mais seriam libertados. Ele destacou a gravidade dessas ações e a necessidade de frear a ‘lava jato’.
O advogado enfatizou a importância das decisões do Supremo Tribunal Federal em reconhecer as distorções na condução da operação, ressaltando que o STF já emitiu diversas decisões que evidenciam as irregularidades desde o início.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo