Orientação para políticas públicas de saúde, prevenção ao suicídio, redução do álcool, parcerias público-privadas e habilidades socioemocionais.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), lançou recentemente a primeira versão em português do manual Viver a Vida – Guia de Implementação para a Prevenção do Suicídio nos Países, com o objetivo de fortalecer as ações de prevenção e promover a saúde mental em todo o país.
Esse manual é uma ferramenta essencial para ajudar a prevenir o suicídio, evitar tragédias e proteger a vida das pessoas. Além disso, ele oferece orientações práticas para cuidar da saúde mental e promover a resiliência em diferentes contextos. Com a disponibilidade desse recurso em português, espera-se que as ações de prevenção sejam ampliadas e que mais pessoas tenham acesso a informações valiosas para proteger a si mesmas e aos outros. A saúde mental é um direito de todos e é fundamental que trabalhemos juntos para promover a prevenção e o bem-estar em nossa sociedade.
Prevenção ao Suicídio: Um Desafio Global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma publicação com o objetivo de orientar países na implementação de medidas coletivas de prevenção ao suicídio. Essa iniciativa visa ajudar os governos a desenvolver estratégias nacionais para prevenir o suicídio, considerado um problema de saúde pública grave. A OMS enfatiza que os governos e comunidades têm papéis fundamentais na prevenção do suicídio e que a implementação de políticas de saúde mental e redução do álcool é essencial para evitar o problema.
A publicação, intitulada ‘Viver a Vida’, é a tradução da obra original em inglês ‘Live life’, lançada em 2021. Além da versão em português, o guia também está disponível em chinês, espanhol e coreano. O objetivo é estimular o compartilhamento de boas práticas e inspirar a criação de novas políticas públicas e soluções coletivas para prevenir o suicídio.
Estudos e Iniciativas de Prevenção
O guia apresenta estudos e iniciativas de prevenção ao suicídio implementadas por diversos países em diferentes contextos. Por exemplo, a Irlanda incluiu pessoas com experiência direta com suicídio para garantir que as necessidades reais daqueles que precisam de apoio sejam atendidas. Já no Líbano, a prevenção do suicídio foi integrada à política de saúde mental e abuso de substâncias. Nos Estados Unidos, parcerias público-privadas foram estabelecidas para prevenir o suicídio.
O documento também detalha quatro intervenções consideradas essenciais para prevenir o suicídio: restringir o acesso aos meios de suicídio, interagir com a mídia para a divulgação responsável do suicídio, desenvolver habilidades socioemocionais para a vida dos adolescentes e agir para identificar precocemente, avaliar, orientar e acompanhar qualquer pessoa com comportamentos suicidas.
Pilares para a Implementação de Políticas
O guia descreve seis pilares para a implementação de políticas de prevenção ao suicídio: análise da situação e perfil atual do suicídio e da prevenção a ele no país, capacitação em saúde mental de profissionais, colaboração multissetorial, financiamento dedicado à prevenção do suicídio, conscientização sobre a causa e vigilância, monitoramento e avaliação do progresso do plano de ação.
Dados sobre Suicídio
De acordo com a OMS, a cada ano, mais de 700 mil pessoas perdem a vida para o suicídio em todo o mundo, sendo que 77% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda. O suicídio é a quarta causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Para cada suicídio, estima-se que ocorrem outras 20 tentativas. A maioria dos casos de suicídio pode ser prevenida com a implementação de políticas e estratégias eficazes. É fundamental proteger e cuidar das pessoas vulneráveis e prevenir o suicídio para evitar essas tragédias.
Fonte: @ Agencia Brasil
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