O rapper foi acusado de antissemitismo, demissão ilegal, assédio e comentários depreciativos.
O assédio no ambiente de trabalho não é problema novo, mas a sua gravidade e frequência aumentaram consideravelmente nos últimos anos. O assédio pode se manifestar de várias maneiras, inclusive em setores como o musical, onde o músico Murphy Aficionado ficou conhecido por denunciar 12 queixas-crime contra o rapper Kanye West, acusando-o de discriminação, assédio e retaliação em suas empresas.
Denúncias semelhantes têm sido registradas em outras áreas, e o assédio no local de trabalho é uma questão séria que merece atenção. O ex-funcionário do rapper Kanye West, Murphy Aficionado, apresentou suas acusações contra o rappeur e suas empresas, Yeezy LCC e Donda Academy, destacando a necessidade de um ambiente de trabalho mais inclui e respeitoso. O assédio deve ser combatido e os casos devem ser investigados a fundo para coibir práticas antiéticas.
Discriminação, Assédio e Retaliação: Uma História de Poder e Abuso
Murphy Aficionado, um funcionário de alta confiança da empresa Yeezy, de propriedade do rapper Kanye West, relatou experiências traumáticas de assédio, discriminação e retaliação durante seu período de nove meses no cargo. Aficionado, que é de ascendência filipina, afirmou ter sido submetido a um ambiente de trabalho hostil, marcado por atos antissemitas e comentários depreciativos de West sobre os judeus.
West, conhecido por suas opiniões polêmicas, teria expressado ‘seu orgulhoso preconceito e antissemitismo bem conhecidos’ e ‘pregou esse dogma quase diariamente.’ Aficionado relatou que West frequentemente fazia comentários discriminatórios sobre os judeus, incluindo afirmações de que os judeus estavam conspirando contra ele e que a esposa, Kim Kardashian, estava sob influência de ‘mestres judeus.’ Além disso, West supostamente teria feito comentários depreciativos sobre a ascendência filipina de Aficionado, sugerindo que ele removesse suas tatuagens tradicionais ‘feias’ e ‘Batok,’ uma prática de tatuagem indígena filipina.
Um Quarto de Hotel e um Ambiente de Assédio
Em novembro de 2022, Aficionado foi convocado para uma suposta ‘reunião de trabalho’ no quarto de West no Beverly Hills Waldorf Astoria. Ao chegar, ele se deparou com West e a modelo Bianca Censori fazendo sexo. West ordenou que Aficionado entrasse no quarto e sentasse, enquanto Censori fechava a porta do quarto adjacente. Em seguida, West reabriu a porta, expondo os seios nus de Censori. Aficionado relata que West então perguntou sobre o advogado de Candace Owens, sugerindo que ele era um ‘espião judeu.’ Em seguida, West correu para o quarto de Censori e teve relações íntimas com ela novamente. Quando Aficionado tentou sair, West ordenou que ele esperasse.
Uma Camiseta com Suástica e um Ambiente de Intimidação
Minutos depois, West voltou ao quarto com Aficionado vestindo uma camiseta com uma suástica. ‘Você não gosta da minha camiseta?’, perguntou West. Aficionado se sentiu intimidado e preocupado com a possibilidade de perder o emprego. ‘É definitivamente única’, respondeu ele.
Uma Massagista e um Ambiente de Assédio
Na mesma semana, Aficionado recebeu um pedido para retornar ao quarto de West. Desta vez, ele se deparou com West e um famoso jogador da NFL somente de toalhas aguardando massagens. Aficionado se ofereceu para sair do local, mas novamente West ordenou que ele esperasse. A queixa diz que o rapper ‘fez sexo’ com sua massagista. Aficionado fez o possível para se concentrar em sua tarefa, mas o ambiente de trabalho era hostil e intimidador.
Uma História de Poder e Abuso
A história de Aficionado é uma prova de como o poder e o abuso podem ser usados para silenciar e intimidar. A discriminação, o assédio e a retaliação são formas de exercer controle sobre os outros, e a história de Aficionado é um exemplo disso. É importante que as empresas e líderes sejam conscientes desses comportamentos e tomem medidas para prevenir e combater essas práticas.
Fonte: @ Terra
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