Juíza Andréa Calado da Cruz autorizou operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro em casa de apostas, de interesse público.
A Justiça de Pernambuco deu um importante passo em direção à eficiência na luta contra o crime. A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, autorizou que o avião Cessna Citation XLS, apreendido na Operação Integration, seja utilizado pela Polícia Civil do estado. Essa decisão é um exemplo de como a Justiça pode trabalhar em prol da segurança pública.
A aeronave, que já pertenceu ao cantor Gusttavo Lima, foi objeto de investigação e agora será utilizada para auxiliar nas operações policiais. O delegado Paulo Gondim, responsável pelas investigações da Integration, havia solicitado a autorização para o uso da aeronave, que foi concedida pela autoridade judiciária. Com essa decisão, o tribunal reafirma sua posição de apoio às ações da Polícia Civil e demonstra seu compromisso com a Justiça e a segurança pública. A corte também reforça a importância da investigação e da colaboração entre as autoridades para combater o crime.
Justiça autoriza uso de aeronaves pela Polícia Civil
Além do Cessna Citation XLS, a Justiça autorizou o uso de dois helicópteros EC 130 T2 e um avião Falcon 2000EX, pertencentes à casa de apostas Esportes da Sorte, que está envolvida nas investigações por suposta lavagem de dinheiro. A juíza entendeu que o uso dessas aeronaves pela Polícia Civil atende ao interesse público e garante o funcionamento eficaz das atividades da instituição.
O avião Cessna Citation XLS é um modelo muito utilizado por empresários e celebridades, e foi construído pela Cessna Aircraft em 2008. As investigações mostram que a aeronave foi vendida duas vezes, primeiro para a Esportes da Sorte por U$ 6 milhões (cerca de R$ 32,8 milhões) e depois para a J.M.J Participações Ltda., que também é dona da casa de apostas VaideBet, por R$ 33 milhões. A Polícia Civil suspeita que essas vendas configuram lavagem de dinheiro.
Operação Integration e a investigação
A aeronave foi retida pela Polícia Civil durante uma operação no aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo, no dia 4 de setembro. A Operação Integration levou ao indiciamento de Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação apura a atuação em jogos ilegais, mas a defesa do artista reafirma sua inocência.
O inquérito diz que Gusttavo Lima se tornou sócio da VaideBet em julho de 2024, com 25% de participação na empresa. No entanto, a Polícia Civil suspeita que ele era sócio bem antes disso, o que é negado pelo cantor. A empresa fechou contrato de patrocínio com o Corinthians no fim de 2023, mas rescindiu o patrocínio após a investigação.
Decisão do Ministério Público
Cabe agora ao Ministério Público decidir se irá denunciar ou não Gusttavo Lima à Justiça. A Justiça de Pernambuco chegou a pedir a prisão do cantor sertanejo, que havia viajado horas antes para a Flórida (EUA). No entanto, os advogados do artista conseguiram derrubar o pedido na segunda instância menos de 24 horas depois.
A Operação Integration apura um suposto esquema milionário de lavagem de dinheiro de cassinos online e casas de jogo do bicho. A ação policial ganhou popularidade após a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, serem presas por suspeita de envolvimento. A autoridade da Polícia Civil e do tribunal é fundamental para garantir a Justiça e a investigação.
Fonte: © Direto News
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