José Rodrigo Sade foi nomeado para integrar o TRE-PR. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral divulgou a lista tríplice e a posse está marcada.
Nomeado pelo presidente da República, o juiz José Rodrigo Sade assumiu o cargo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e terá a responsabilidade de conduzir o julgamento de processos que envolvem o senador Sergio Moro, podendo resultar na cassação do mandato. Sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22).
A escolha de Sade veio da lista tríplice homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e de acordo com o calendário da Corte, o caso já pode ser pautado no dia 28 de fevereiro. A atuação do TRE-PR será fundamental para o desenrolar desse processo e para a garantia da transparência no sistema eleitoral.
Nomeação de Sade no Tribunal Regional Eleitoral
Sade vai integrar os trabalhos da Corte em um grupo de advogados formado por sete profissionais. A vaga a ser preenchida era ocupada por Thiago Paiva, que deixou o cargo. O presidente do TRE, Sigurd Roberto Bengtsson, terá a responsabilidade de nomear o novo membro e definir a nova data para o julgamento de Moro, que estava marcado para 8 de fevereiro e teve a data suspensa, aguardando a posse do novo membro.
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Os processos de Moro no Tribunal Regional Eleitoral
Sergio Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que apontam abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022. Esses processos, que estão sendo analisados em conjunto, também pedem a cassação do mandato do parlamentar. As duas ações foram protocoladas por duas frentes antagônicas na política nacional: o Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), base que elegeu o governo Lula, em novembro e dezembro de 2022.
Em dezembro de 2023, Moro falou, em depoimento ao TRE-PR, que não obteve vantagem eleitoral e nega a acusação de desequilíbrio eleitoral causado por irregular pré-campanha ao cargo de presidente da República. Quando o julgamento for marcado, seis desembargadores participarão da sessão, que pode durar mais de um dia. Todos votam e, em caso de empate, o presidente da Corte também vota.
Fonte: G1 – Política
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