Juiz manteve prisão preventiva de jogadoras, quarteto será encaminhado a presídio na capital paulista, caso ocorreu contra Comitê Organizador.
O caso envolveu atos racistas e ofensas racistas, o que emitiu um tom de revolta entre os torcedores presentes na partida do Brasil Ladies Cup e motivou o protesto da equipe gaúcha.
Além disso, a decisão do juiz em conceder a prisão preventiva das jogadoras envolvidas em injúria racial durante a partida contra o Grêmio foi um passo importante para combater as ofensas racistas e criar um ambiente mais acolhedor para todos os torcedores.
Atentato à Dignidade: Injúria Racial no Esporte
Em uma noite sombria, na última sexta-feira (20), durante a derrota argentina na Ladies Cup em São Paulo, um caso chocante de injúria racial surgiu, deixando marcas profundas no mundo do esporte. O grupo de atletas argentinas envolvidas será enviado a um presídio da capital paulista, marcando um capítulo sombrio na história do futebol feminino.
O juiz do caso, após uma análise minuciosa, considerou a ausência de vínculos das atletas com o Brasil, o que influenciou sua decisão. O River Plate, clube argentino, emitiu uma nota de repúdio ao caso, mas optou por apoiar as jogadoras, representadas pela advogada Thaís Sankari. Numa tentativa de libertá-las, o clube se comprometeu em apresentá-las aos órgãos judiciais locais sempre que necessário.
Um Jogador de Gandula no Centro das Atenções
Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz se apresentaram à 6ª Delegacia de Polícia em São Paulo após o jogo, onde foram ouvidas como responsáveis pelos atos racistas. A advogada de defesa, Thaís Sankari, expressou preocupação com o impacto emocional sofrido pelas jogadoras, que estão assustadas com o ocorrido. ‘As jogadoras estão muito assustadas’, afirmou Sankari.
Atos Racistas e Ofensas Raciais no Campo
O jogo ainda estava no primeiro tempo quando os atos racistas ocorreram, após o gol de empate do Grêmio no estádio do Canindé. Candela Díaz fez gestos de macaco na direção de um gandula em meio à confusão no gramado pelo tento brasileiro, criando revolta nas gremistas, que deixaram o campo de jogo. Seis atletas do River receberam cartão vermelho pelo ocorrido, e a partida precisou ser encerrada pela ausência do número mínimo de jogadoras.
A Partida Paralisada
O duelo estava empatado em 1 a 1 e ficou paralisado por cerca de 30 minutos antes do encerramento definitivo. O Comitê Organizador da Brasil Ladies Cup decidiu, então, eliminar o clube argentino da edição do torneio e conceder vitória ao Grêmio, por 3 a 0. O River Plate também ficará suspenso da competição pelos próximos dois anos.
Depoimentos e Testemunhas
Dois gandulas prestaram depoimentos na delegacia, e outras três pessoas se apresentaram como testemunhas. Trata-se da zagueira Brito, do preparador físico Thales de Oliveira e da coordenadora Patrícia Gusmão. As quatro atletas do River também foram ouvidas e estavam acompanhadas de dirigentes do clube.
Técnica do Grêmio: Uma Luta Contra o Racismo
Thaissan Passos, treinadora do Grêmio, revelou que atletas da equipe brasileira também foram vítimas de ofensas raciais na confusão. Após o ocorrido, o Tricolor emitiu uma nota de repúdio nas redes sociais e prestou todo suporte às jogadoras. ‘As atletas da equipe adversária chamaram as meninas de macaca, de ‘negrita’. Mas também houve o caso com o gandula, e então as meninas não aceitaram, pois ele está aqui trabalhando. Desde o início do jogo acontece essa situação. Primeiramente, vim representar minhas atletas, mas situações como essa não podem ficar acontecendo. Até quando vamos ficar fingindo que não tem racismo, machismo? Então, para gente não tem condições nenhumas de jogo’, declarou Passos.
Nota do River Plate
O River Plate manifesta o mais absoluto repúdio aos gestos discriminatórios ocorridos na partida, reforçando seu compromisso com a igualdade e o respeito.
Fonte: @ Nos
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