Documento revela vínculo social entre grandes empresários e bilionário que se suicidou na prisão em 2019. Ação civil movida pelas vítimas com detalhes divulgados.
Um dos nomes mais destacados nos documentos de Jeffrey Epstein é o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que aparece ao lado do príncipe Andrew, do Reino Unido, em uma lista ligada ao bilionário norte-americano. O esquema de tráfico sexual comandado por Jeffrey Epstein tem revelado diversos indivíduos ligados a ele, incluindo figuras políticas de alto escalão.
Enquanto o escândalo envolvendo Epstein continua a chocar o público, mais detalhes sobre seu esquema criminoso vêm à tona. A revelação dos documentos pela Justiça dos Estados Unidos expôs a extensão das conexões de Jeffrey Epstein, deixando o mundo perplexo com as revelações.
Desvendando o caso de Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein criou um vínculo social com grandes empresários e executivos norte-americanos e celebridades antes de se declarar culpado de solicitar prostituição a uma menor de idade em 2008.
O empresário e financista cometeu suicídio em 2019, aos 66 anos, enquanto estava preso. Ele foi condenado por um tribunal da Flórida no mesmo ano que morreu.
Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em sua ilha particular no Caribe e nas casas que ele possuía em Nova York, Flórida e Novo México.
A lista de quase 200 nomes mencionados em um processo movido por Virginia Giuffre, de 39 anos, uma das acusadoras de Epstein, foram mantidos sob sigilo durante anos, até que a juíza federal Loretta Preska decidiu em dezembro que não havia justificativa legal para mantê-los em segredo.
Em depoimento, Virginia afirmou que fez sexo com vários políticos e executivos proeminentes, incluindo o empresário bilionário norte-americano Tom Pritzker, o ex-senador norte-americano George Mitchell e o ex-governador do Novo México Bill Richardson. A Justiça dos Estados Unidos tem investigado intensamente o caso de Jeffrey Epstein para apurar todas as acusações e garantir justiça para as vítimas.
Revelações chocantes
Em um depoimento de 2016, uma das vítimas lembrou de um episódio em que Epstein falou com ela sobre Bill Clinton. Ela disse que ‘Ele disse uma vez que Clinton gosta de jovens, referindo-se às meninas’. A testemunha ainda relatou ter recebido informações sobre a presença de Epstein e Clinton em voos particulares juntos. Em 2019, um porta-voz de Clinton confirmou que o ex-presidente tinha voado no avião privado de Epstein, mas que ele não sabia sobre os ‘crimes terríveis’ do bilionário.
Segundo a rede ABC News, o ex-presidente apareceu 50 vezes na lista. O democrata teria recebido o codinome de ‘John Doe 36’ e seu envolvimento direto com Jeffrey Epstein tem causado grande controvérsia. A ligação entre Epstein e Bill Clinton tem sido alvo de intensa investigação e tem sido destaque na mídia.
A Justiça dos Estados Unidos tem conduzido a investigação sobre o envolvimento de diversas personalidades influentes no caso Jeffrey Epstein, garantindo que todos os detalhes revelados sejam devidamente apurados.
Consequências e desdobramentos
O irmão do rei Charles 3º teria colocado a mão no seio de Johanna Sjoberg, uma das vítimas na casa de Epstein, em Manhattan, Nova York, em 2001, segundo os documentos judiciais abertos nesta quarta-feira, 3. O caso envolvendo o príncipe Andrew, irmão do rei Charles 3º, expôs as ramificações do escândalo de abuso sexual de Epstein e suas conexões com figuras influentes.
O incidente foi relatado anteriormente e Andrew negou. O caso estava entre os detalhes revelados em uma série de documentos previamente editados. Andrew perdeu a maioria de seus títulos reais devido à sua associação com Epstein. Ele resolveu uma ação civil com Virginia no ano passado por uma quantia não revelada e negou qualquer irregularidade.
Os documentos revelados são parte de um processo de difamação movido por Virginia contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, presa por recrutar meninas menores de idade para o esquema do bilionário, mantendo-as sob seu domínio. A juíza Loretta Preska decidiu que alguns nomes dos documentos divulgados devem permanecer confidenciais, incluindo as pessoas que eram menores de idade quando foram abusadas por Epstein.
Na lista de Epstein, os nomes eram conhecidos apenas pelos codinomes ‘John’ e ‘Jane Does’, evidenciando a importância de manter sigilo para proteger as vítimas e garantir que a Justiça seja feita em relação a todas as acusações envolvendo Epstein.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo