Primeira-dama se sentiu exposta e fez campanha por lei contra ataques cibernéticos de cunho sexual.
Janja, a primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, escolheu voltar ao Twitter/X neste fim de semana, 17 de outubro. A decisão veio cerca de uma semana depois que sua conta na plataforma foi invadida por um adolescente de 17 anos.
No post de retorno à rede social, a esposa do presidente Lula revelou ter considerado não voltar ao perfil após o ataque. Mesmo assim, ela optou por continuar na plataforma para seguir sua luta em defesa das mulheres.
Janja enfrenta invasão de conta no Twitter
Na madrugada desta terça-feira, Janja, a primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, usou a Rede Social para expor uma situação constrangedora: sua conta no Twitter foi invadida por um hacker que passou quase uma hora e meia publicando mensagens de cunho sexual e direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e ao presidente Lula. Sua conta foi bloqueada em seguida, mas a questão de segurança e responsabilidade das plataformas digitais foi o ponto focal do desabafo de Janja.
Projeto de Lei 2630: responsabilidade das plataformas digitais em pauta
Em seu texto, Janja criticou fortemente o Twitter e aproveitou para levantar a questão da responsabilização das plataformas digitais em casos como o dela. O tema está em discussão no Projeto de Lei 2630 atualmente. A primeira-dama enfatizou a demora dos administradores da rede em agir perante o ataque, resultando em uma longa exposição às mensagens ofensivas em seu perfil. Além disso, a burocracia para recuperar a conta e o relatório entregue à Polícia Federal apenas quatro dias depois do crime virtual foram pontos abordados por Janja.
Crimes de ódio e a segurança no ambiente digital
Janja apontou a gravidade dos crimes de ódio praticados livremente nas plataformas digitais e ressaltou a importância de garantir um ambiente seguro para as mulheres na sociedade, bem como no ambiente digital. Ela evidenciou a necessidade de impedir que as plataformas lucrem com o ódio, como aparentemente ocorreu no caso da invasão do seu perfil no Twitter. O incidente também é um alerta sobre a vulnerabilidade das contas online, que afeta as próprias figuras influentes, como no caso da primeira-dama Janja.
Reforma digital urgente
O relato de Janja chamou atenção para a necessidade de uma reforma digital urgente, visando garantir a segurança e responsabilidade das plataformas digitais em proteger a privacidade e a integridade de seus usuários. A invasão do perfil da primeira-dama e a demora em tomar medidas efetivas para conter os ataques expõem as falhas no atual cenário virtual, destacando a importância de um debate e ação imediatos para melhorar a segurança no ambiente digital.
Considerações finais
A situação enfrentada por Janja reforça a necessidade de medidas eficazes para prevenir, reprimir e punir invasões de perfis e crimes de ódio no ambiente digital. Espera-se que as denúncias e ações tomadas pela primeira-dama sirvam como um alerta e influenciem positivamente a busca por um ambiente virtual mais seguro e protegido para todos os usuários.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo