Financiamento estudantil para alunos de baixa renda, inscrições até 15 de março. 112 mil vagas para cursos de graduação, condições especiais de pagamento.
A partir de hoje (12), os interessados já podem se inscrever para o Fies Social, que é um programa de financiamento estudantil do governo federal com condições especiais para alunos de baixa renda cursarem faculdades particulares.
O período de inscrições se estende até a sexta-feira (15) e o resultado será divulgado no dia 21 de março. Para se candidatar, os estudantes devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, disponível no site do governo federal.
Este ano, o Fies vai ofertar 112 mil vagas em diversas áreas do conhecimento, sendo metade delas destinadas ao financiamento para cursos de graduação.
Quem pode participar?
O programa de financiamento estudantil do governo, conhecido como Fies Social, foi divulgado pelo governo no início deste ano como uma forma de atender os alunos de baixa renda com financiamento para cursos de graduação em universidades particulares.
Podem se inscrever no programa de financiamento os alunos que:
- estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico);
- e que tenham renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706).
Qual a diferença entre o Fies e o Fies social?
A principal mudança é que, na modalidade do Fies Social, o governo pode financiar até 100% do curso.
➡️Como era antes? Desde 2016, o programa de financiamento havia parado de fornecer empréstimos que cobriam integralmente os encargos educacionais. Quanto menor a renda familiar per capita, maior era a parte da mensalidade que poderia ser paga apenas depois da conclusão do curso, mas não era possível alcançar os 100% de financiamento.
Exemplo: na mesma faculdade, que custava R$ 10 mil por mês, um estudante com renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo poderia conseguir cerca de 85% de financiamento (e não 100%). Com 3 salários mínimos (o máximo permitido para o programa), seria financiado apenas 58%. Diante disso, os alunos afirmavam que estava impossível continuar na universidade: pagar a parte não financiada tornava-se cada vez mais difícil, especialmente para quem estudava em cursos integrais e não poderia trabalhar.
🔔No entanto: Apesar da mudança com o financiamento de 100% do curso, os ‘tetos’ do Fies continuam valendo para a versão social. Isso significa que o programa não vai financiar mais do que R$ 42,9 mil por semestre (no caso de medicina, o limite é de R$ 60 mil). O valor que exceder essa quantia deverá ser pago pelo estudante mensalmente.
Outra mudança foi a possibilidade de se inscrever em cursos de diversas áreas do conhecimento.
➡️Como era antes? Se o aluno optasse por um curso de engenharia, que é da área de exatas, todas as outras opções deveriam ser também nessa área do conhecimento. Ele não poderia escolher direito ou letras, que são de humanas. Agora, o aluno pode se inscrever em cursos de várias áreas, o que aumenta as chances de aprovação.
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Fonte: G1 – Política
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