O ministro Alexandre de Moraes deve ser designado relator de inquérito sobre gabinete, ódio e artefatos explosivos.
O Supremo Tribunal Federal está prestes a abrir uma investigação sobre os fatos ocorridos na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira. O ministro Alexandre de Moraes pode ser designado relator do inquérito que busca apurar as causas das explosões que atingiram o local e que resultaram no atentado.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, deve iniciar as investigações ainda nesta quinta-feira. O objetivo é determinar as causas das explosões que atingiram a região e que resultaram em ataques contra as instituições. O presidente do STF, Luiz Fux, decidiu que o inquérito deve ser composto por sete ministros, os quais devem apurar ao máximo as circunstâncias dos ataques. O ministro Alexandre de Moraes deve cumprir com seus deveres como relator, garantindo que a investigação seja rigorosa e imparcial.
Ministro Alexandre de Moraes assume inquérito sobre atentado no STF
O ministro Alexandre de Moraes será relator do inquérito que investiga o atentado a bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. A escolha do ministro ocorre devido à ligação do atentado com o chamado ‘gabinete do ódio’, uma rede que promovia violência de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o STF e seus magistrados. Este ‘gabinete do ódio’ foi responsável por inflar ódio e violência contra a instituição, e o ministro Alexandre terá o desafio de elucidar as motivações e conspirações por trás do atentado.
Atentado em frente ao STF: o que sabemos
Por volta das 19h30 de quarta-feira, Francisco Wanderley Luiz, um candidato a vereador pelo PL, se aproximou da fachada do STF e jogou duas bombas próximas à marquise da Corte. Em seguida, ele colocou uma bomba no chão e deitou sobre o artefato até a explosão. Outro artefato explodiu dentro de um carro no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo pertencia a Wanderley.
Explosões como ato terrorista
O inquérito instaurado pela Polícia Federal irá apurar as explosões como um ato terrorista. O diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, informou que foram apreendidos outros artefatos explosivos que estariam em um imóvel alugado por Wanderley. Também foi apreendido um celular do homem. O inquérito será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que já é relator de outro inquérito envolvendo ataques ao Supremo: o do 8 de janeiro de 2023, data em que bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília e depredaram os prédios.
Origem das explosões
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que as explosões não devem ser vistas como fato isolado, mas sim como parte de um contexto mais amplo. Ele atribuiu as explosões ao chamado ‘gabinete do ódio’, criado na gestão de Jair Bolsonaro (PL). ‘Não podemos ignorar o que ocorreu ontem. O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. O contexto se iniciou lá atrás, quando o gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente, e contra a autonomia do Judiciário’, disse em evento do Conselho Nacional do Ministério Público.
Varredura e vistoria no STF
O prédio do Supremo foi submetido na manhã desta quinta a uma vistoria e varredura por agentes da PF e da Polícia Militar. O funcionamento do STF está suspenso até as 13h. A sessão começará às 14h.
Fonte: © Conjur
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