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Aceleração da inflação no Brasil: alta acumulada em 12 meses atinge 9,45% em maio, maior desde janeiro de 2023, quando foi de 10,74%.
A taxa de aluguel residencial sofreu um aumento significativo nos últimos meses, passando de 9,16% em abril para 9,45% em maio, atingindo o maior nível desde janeiro de 2023, quando chegou a 10,74%. Esses números são fornecidos pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Diante desse cenário, a busca por locação e arrendamento de imóveis pode se tornar uma alternativa mais atrativa para quem busca estabilidade financeira, diante do aumento nos índices de aluguel. É importante estar atento às variações do mercado imobiliário para tomar decisões assertivas em relação aos contratos de aluguel e arrendamento</strong.
Impacto da Aceleração da Inflação no Mercado de Aluguel
No mês anterior, o índice apresentou uma desaceleração de 1,40% para 0,21%. A situação atual revela uma tendência de alta na variação do aluguel, conforme destacou o coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, André Braz. Ele ressaltou que fatores sazonais no mercado imobiliário de São Paulo contribuíram para a redução da taxa no IVAR mensal de maio. Entre abril e maio, houve um aumento da aceleração do indicador em três das quatro cidades consideradas para o cálculo do índice.
Em Belo Horizonte, a variação de locação saltou de -3,38% para 4,62%, no Rio de Janeiro avançou de -0,46% para 4,55%, e em Porto Alegre aumentou de 2,02% para 2,20%. Por outro lado, São Paulo registrou uma queda significativa, passando de 3,20% para -4,00%, no mesmo período. O técnico mencionou que a situação em São Paulo foi atípica e não representa uma tendência.
A tendência de aceleração na variação do preço do aluguel no país é evidente, como demonstra a evolução em 12 meses do Ivar. Diversos fatores contribuem para o atual cenário de aluguel mais caro. Em primeiro lugar, destaca-se o patamar elevado de juros para crédito imobiliário. A compra de imóveis geralmente é realizada por meio de financiamento, e a falta de condições de compra leva as pessoas a optarem por residências para aluguel.
Isso resulta em um mercado aquecido, com oferta superando a demanda, o que impulsiona os preços de locação. A conjuntura macroeconômica atual tem influenciado o aumento dos juros no Brasil. O especialista observou que a taxa básica de juros (selic) está em declínio desde o ano passado, mas o processo é gradual. Além disso, a redução da selic leva tempo para impactar a economia real, em torno de seis a oito meses.
Outro ponto relevante é a recente evolução da inflação, que indica um aumento nas expectativas inflacionárias no Brasil. Isso pode levar o Banco Central a desacelerar o ritmo de redução da selic, ou até mesmo interromper os cortes, visando conter a demanda interna e a inflação. Diante desse cenário desafiador, é provável que os juros de financiamento imobiliário permaneçam elevados.
Com a perspectiva de crédito mais caro para a aquisição de imóveis, os brasileiros estão cada vez mais optando pelo aluguel, o que mantém em alta a variação da locação. É uma realidade que reflete as condições econômicas atuais e as expectativas inflacionárias no Brasil.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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