Ministério da Saúde alerta que consumo de bebidas alcoólicas aumenta risco de adoecimento, incapacidade e morte para redução de óbitos e adoecimentos, doenças crônicas não transmissíveis e uso de álcool em qualquer quantidade.
O consumo excessivo de álcool é um problema sério de saúde pública, levando a consequências graves para a saúde física e mental. Além disso, também tem um impacto negativo no meio ambiente e na economia. Esse cenário justifica a necessidade de uma regulamentação eficaz.
A proposta de Reforma Tributária visa combater a dependência do consumo de álcool e suas consequências, como o alcoolismo. A taxação de bebidas alcóolicas é uma estratégia chave para desestimular esse consumo, contribuindo para a redução do impacto desses produtos na saúde e no meio ambiente. Com a implementação do Imposto Seletivo, os produtos nocivos à saúde, incluindo as bebidas alcóolicas, serão mais caros, incentivando mudanças de hábitos e a busca por alternativas mais saudáveis.
Impactos do Álcool no Brasil: Dados Alarmantes
Em 2022, o álcool foi responsável por 3% dos óbitos no Brasil, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Este fato revela a gravidade do problema do consumo de álcool no país, que não se limita apenas a danos físicos, mas também a impactos significativos na saúde mental e no bem-estar geral. É importante entender que o uso de álcool em qualquer quantidade pode levar a inúmeros danos à saúde, como doenças infecciosas e crônicas não transmissíveis, câncer, acidentes de trânsito, violências interpessoais, transtornos mentais e efeitos negativos no desenvolvimento da gestação.
A relação entre o consumo de álcool e as doenças crônicas não transmissíveis é particularmente preocupante. No Brasil, o uso de álcool é o principal fator de risco para essas condições, que representam a maior causa de morte da população brasileira em 2022, com 798 mil óbitos, correspondendo a 51,7% de todas as mortes ocorridas no país. Além disso, o álcool também é responsável por importantes parcelas de mortes por cirrose hepática, doenças cardiovasculares, cânceres de esôfago, fígado, cavidade bucal, faringe e pancreatite.
O efeito do álcool na saúde mental também é significativo. Estudos indicam que o transtorno por uso de álcool aumenta em 86% as chances de ideação suicida, e o consumo em qualquer quantidade pode aumentar o risco de violências interpessoais e lesões de trânsito. A direção alcoolizada é fator de risco para 27% de todos os acidentes rodoviários, e nos casos de violência interpessoal, 29,2% dos casos notificados envolveram consumo prévio de álcool pelo agressor.
A situação é ainda mais preocupante quando se considera a expansão do consumo de álcool entre mulheres e adolescentes. Dados mostram que, em 2023, o consumo episódico pesado aumentou em 95% entre as mulheres, enquanto entre adolescentes, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019 revelou que 44% dos jovens entre 13 e 15 anos consumia bebidas alcoólicas.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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