Homem apresentou-se com filha de sete meses, alegando uso de medicamentos psiquiátricos e droga, além de ter matado a mãe com facadas na noite anterior.
A violência doméstica não pode continuar a ser um problema no Brasil. A cada dia, mais pessoas são vítimas de abuso e agressão, levando a consequências devastadoras para as suas vidas e as suas famílias. É preciso que haja uma mudança significativa na forma como lidamos com essas questões.
A prisão de um homem de 37 anos em Campinas, interior de São Paulo, após matar a mãe a facadas, é um caso sombrio de violência doméstica. Ele se apresentou aos policiais com a filha de sete meses no colo, destacando a gravidade da situação. Aldeni Costa Silva Soares, de 61 anos, foi a vítima de um crime brutal. Em um país onde ainda é comum a ameaça e agressão contra as mulheres, essa violência é um alerta para a necessidade de ações mais eficazes para prevenir o feminicídio.
Violência Doméstica: Um Crime que Pode Atingir Qualquer Família
O suspeito, um homem de 30 anos, admitiu, em seu depoimento à Polícia Militar, que matou sua própria mãe, de 55 anos, com facadas na noite da última quarta-feira (1). Ele alegou que a mãe não concordava em que ele criasse a filha de sete meses em sua casa, onde eles viviam no bairro Dom Bosco, no Taquaral. O suspeito havia se mudado para a casa da mãe um ano antes, após um relacionamento com uma mulher que conheceu em uma rede social, resultando na gravidez da filha.
Segundo o boletim de ocorrência, após o crime, o suspeito foi até o 1º DP, levando a filha no colo, e confessou o crime. A Polícia Militar então foi até a residência da família e encontrou a vítima caída no quarto, com diversos ferimentos a faca no pescoço, ombros, costas e peito. O Samu foi acionado e constatou a morte no local.
De acordo com o registro policial, os vizinhos não ouviram qualquer barulho que indicasse briga no dia do crime. Contudo, no sábado (2), moradores se queixaram de uma forte discussão entre mãe e filho, segundo o síndico. Esse foi um dos indícios de violência doméstica que antecedeu ao crime.
A Polícia Civil revelou que o suspeito tem histórico de uso de drogas e medicamentos psiquiátricos, o que pode ter contribuído para o crime. Além disso, ele afirmou que a mãe da criança também era usuária de drogas. Em seu depoimento, ele chorou muito e não conseguiu falar o nome da mãe, o que sugere que a violência doméstica pode ter uma complexidade emocional profunda.
A vítima foi identificada por meio dos documentos do filho, e o Conselho Tutelar foi acionado. A criança foi entregue à tia, irmã do suspeito. A faca usada no crime foi apreendida, e uma perícia foi solicitada ao local. O caso foi registrado como ameaça, violência doméstica e feminicídio no Plantão da 2ª DDM.
O homem foi preso em flagrante e deve passar por audiência e custódia na terça-feira (5). Esse caso trágico serve como um lembrete de que a violência doméstica é um problema grave que pode acometer qualquer família, independentemente da idade ou gênero.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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