Especialistas alertam para a necessidade de vigilância devido à presença de gripe aviária em aves silvestres. Entrevista exclusiva ao portal ND Mais.
Santa Catarina está enfrentando um sério problema com a disseminação da gripe aviária em aves selvagens, com um total de 459 ocorrências até agora. Em uma entrevista exclusiva para o portal ND Mais, a médica veterinária Luciane Surdi, do Icasa (Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária), e a presidente da Cidasc (Cia. Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC), Celles Regina de Matos, estão alertando sobre os casos.
Essa situação também levanta preocupações sobre a possibilidade de um surto de Influenza aviária no estado. A propagação desse vírus altamente contagioso tem potencial para causar um grande impacto na avicultura catarinense, afetando diretamente a economia local. É crucial que medidas preventivas sejam tomadas para evitar maiores problemas.
Gripe Aviária Preocupa Especialistas
Luciane Surdi destaca que, embora a gripe aviária não tenha sido identificada em plantéis comerciais, a presença em aves silvestres, especialmente na região litorânea, exige vigilância.
As recomendações incluem evitar o contato com aves doentes, cuidados com animais de estimação e restrições na movimentação de aves entre regiões.
‘Uma ave suspeita, com sinais de doença, pode estar levando esse vírus (gripe aviária) para outras regiões da cidade ou até para outras regiões do Estado. Nós temos que preservar a nossa avicultura comercial, então evitar ao máximo tocar nessas aves para que o vírus não se dissipe’, explica Luciane.
Influenza Aviária gera Preocupação
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, alerta para a proximidade do verão e o aumento do fluxo de turistas, havendo a necessidade de intensificar os esforços para controlar a influenza aviária.
Até o momento, Santa Catarina registrou 459 ocorrências, sendo 20 identificadas com o vírus de alta patogenicidade.
Todas as infecções ocorreram na região litorânea, afetando aves silvestres, com destaque para o trinta-réis. A colaboração entre setor público, privado e a comunidade tem mantido o Estado livre da doença nas aves comerciais.
Cidasc e a Vigilância da Gripe Aviária
A Cidasc reforça a importância de relatar carcaças de animais mortos nas praias, enquanto a população é instruída a não transportar alimentos de origem animal na bagagem, medida que é fiscalizada nas alfândegas em colaboração com o Ministério da Agricultura.
‘Nessa época do ano nós também precisamos ter cuidado com os pets, os animais de estimação, para que eles não tenham acesso nem às carcaças desses animais ou até fezes de outros animais. É um cuidado grande porque por meio do pelo ou das vias aéreas dos cães e dos gatos nós podemos levar essa doença de um lugar para o outro’, avisa Celles.
A presidente da Cidasc enfatiza que o consumo de carne de frango ou ovos não representa risco, mas a manipulação de aves doentes pode transmitir o vírus para humanos. A união de esforços é crucial para manter o status sanitário de Santa Catarina e preservar a saúde pública e a economia do estado.
De acordo com Luciane e Celles, a colaboração da população é essencial. Qualquer ave suspeita deve ser reportada à Cidasc pelo número 0800 644 9300.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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