Atletas estão “perto” de greve contra calendário congestionado, diz meio-campista do Manchester City, que critica a congestão do calendário da indústria do futebol, incluindo a europeia e o Mundial de Clubes.
A PFA (Associação dos Atletas Profissionais da Inglaterra) enviou um comunicado à ESPN na última quarta-feira (20), reafirmando que está iniciando procedimentos legais contra a Fifa devido ao excesso de partidas gerado pela entidade com a criação do novo Mundial de Clubes. Essa medida pode levar a uma greve sem precedentes no futebol europeu.
O meio-campista Rodri, do Manchester City, chamou a atenção da mídia internacional na última terça-feira (17) ao revelar que os atletas estão próximos de organizar uma greve devido ao novo número de datas para a temporada europeia. Essa paralisação pode ser o resultado de uma longa série de protestos e manifestações dos jogadores, que se sentem sobrecarregados com o calendário atual. Rodri, que fez 63 partidas somando clube e seleção espanhola na temporada passada, é um dos principais defensores da causa. A saúde e o bem-estar dos atletas estão em jogo.
A Greve como Última Opção
A criação do novo Mundial de Clubes, que será disputado ao final da temporada 2024/25, pode levar a um aumento significativo no número de partidas disputadas pelos jogadores. Como sindicato, a PFA está preparada para tomar medidas legais para desafiar essa questão. Além disso, a entidade está aberta a conversar sobre as opções disponíveis para mudar esse cenário.
‘Os jogadores querem ser ouvidos. Aqueles que comandam o futebol agora devem sentar e tomar nota disso’, disse o presidente da PFA, Maheta Molango. ‘Há urgência em resolver esse tema, com as discussões devendo acontecer de forma imediata. O impacto da congestão de calendário e a carga de trabalho cada vez maior dos jogadores já não é mais um problema que está ‘no futuro próximo’. Isso já está acontecendo.’
A Congestão de Calendário como Problema
De acordo com Molango, os jogadores estão sentindo os efeitos da congestão de calendário e estão deixando seus sentimentos cada vez mais claros. ‘Isso não é só um problema dos jogadores, mas de todos da indústria do futebol’, complementou. Atletas que disputarem a Champions League e o Mundial de Clubes podem fazer até 85 partidas na temporada, o que é um número alarmante.
O presidente da LALIGA, Javier Tebas, também fez eco às declarações de Rodri e pediu revisão do calendário. ‘Chegou a hora de dizer ‘basta”, decretou o dirigente. ‘A chegada do novo Mundial deixou o calendário ainda mais congestionado. Eu creio que a greve que o Rodri falou não é nem mais por uma questão de saúde dos jogadores, mas envolvendo todo o equilíbrio da indústria.’
A Paralisação como Última Opção
Tebas também criticou a ideia da Fifa de reduzir o número de participantes nas ligas nacionais. ‘Não vamos aceitar isso. Reduzir as ligas nacionais produz um efeito cascata, além de reduzir as divisões mais baixas. Todos pensam que, para a indústria crescer, é necessário ter mais competições com mais partidas, mas não é assim que funciona’, finalizou.
A greve é vista como uma opção para os jogadores e a indústria do futebol, mas é uma medida que deve ser tomada com cuidado. A paralisação pode ter consequências graves para a indústria, mas também pode ser uma forma de chamar a atenção para a necessidade de mudanças. A manifestação dos jogadores é um sinal de que algo precisa ser feito para resolver a congestão de calendário e a carga de trabalho excessiva.
Fonte: @ ESPN
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