Após décadas de expansão, orçamento de universidades sofreu grandes cortes nos governos Temer e Bolsonaro. Lula’s administration esperava um retorno de recursos, mas investingimentos em obras, salas, prédios, laboratórios falhou. Alunos negros, quilombolas, africanos, professores, funcionários, pesquisas e técnicos sofreram. Falta de recursos afetou cursos de graduação e pós-graduação, o setor de ensino superior e trabalho terceirizado. Políticas de assistência e oportunidades para excluídos foram desafiadas. Reunião urgente: governo federal e universidades.
O desfinanciamento tem sido um grande desafio enfrentado pelas instituições educacionais, e no mês de março isso ficou evidente para a comunidade acadêmica do Campus dos Malês da Unilab. A falta de investimento impacta diretamente a qualidade do ensino e a infraestrutura disponível para alunos e professores.
Essa realidade pode resultar em uma redução de gastos e uma retração orçamentária, afetando o desenvolvimento de projetos e atividades dentro da universidade. A comunidade precisa se unir para encontrar soluções criativas diante desse cenário de desafios, buscando alternativas viáveis para contornar os efeitos do desfinanciamento.
Desafios do Desfinanciamento no Setor de Ensino Superior
Uma cerimônia no pátio marcou a retomada das obras das salas de aulas do campus, iniciadas em 2014 e jamais terminadas por falta de recursos. Faz uma década que funcionamos em locais cedidos pela prefeitura, conforme explica a professora Clarisse Goulart Paradis, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub).
De lá para cá, a universidade se tornou uma comunidade vibrante de alunos negros, quilombolas, e africanos de países lusófonos, com diversos cursos de graduação e pós-graduação. No entanto, a retração orçamentária e a falta de investimento são visíveis. ‘Não temos salas de aula para nossos cursos de graduação e pós-graduação. Muito antes da pandemia, já implementamos um esquema híbrido e de rodízio de salas’, destaca Paradis, destacando os efeitos do desfinanciamento.
A retomada das obras dos prédios, que incluirão salas de aula e laboratórios, é um sinal positivo após anos de retração. O investimento por estudante na Unilab reduziu em 15,8% entre 2014 e 2022, segundo o Dieese. A paralisação de professores e funcionários em diversas instituições federais evidencia a necessidade de recuperação do orçamento, que sofreu cortes significativos nos últimos anos.
A Unilab, parte da expansão do ensino superior público durante o programa Reuni, busca retomar o crescimento e atender a grupos historicamente excluídos. A falta de recursos afeta diretamente os alunos, que precisam custear materiais de laboratório e interromper pesquisas, além da substituição de técnicos por trabalho terceirizado e a ausência de políticas de assistência.
A Unilab é uma das 69 instituições federais que enfrentaram décadas de desfinanciamento. Criadas a partir de 2003, essas universidades sofrem com a interrupção da expansão iniciada no governo Lula. A interiorização do ensino superior público, com foco em grupos marginalizados, foi comprometida pela falta de recursos e redução do investimento federal, que encolheu 68,7% entre 2010 e 2022, de acordo com o Dieese.
A expectativa é que a retomada das obras e um possível aumento de investimento por parte do governo federal possam reverter o cenário de desfinanciamento no setor de ensino superior, garantindo melhores condições de aprendizado e pesquisa para toda a comunidade acadêmica.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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