Dirigente sindical e reitores debatem benefícios no Planalto. Greves afetam instituições federais desde abril.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um apelo aos reitores de universidades e institutos federais nesta segunda-feira (10) em relação às greves. Durante seu discurso no Palácio do Planalto, o líder petista ressaltou a importância de buscar soluções que evitem prolongamentos desnecessários das paralisações, visando o bem-estar de toda a comunidade acadêmica.
Além disso, Lula destacou a necessidade de diálogo e flexibilidade por parte dos servidores, enfatizando que a paralisação pode prejudicar não apenas o funcionamento das instituições, mas também o desenvolvimento educacional e científico do país. É fundamental encontrar um equilíbrio entre os interesses dos trabalhadores e as demandas do governo, visando sempre o benefício coletivo.
Discussão sobre a Greve na Educação
Nesse caso da educação, ao analisar o conjunto da obra, torna-se evidente que a greve em questão está se prolongando sem muita justificativa. Quem sofre as consequências não é apenas o Lula ou o reitor, mas sim o Brasil e os estudantes brasileiros. É fundamental levar em conta que não é por meros 3%, 2%, ou 4% que se deve passar a vida inteira em greve. É necessário considerar os outros benefícios envolvidos, como ressaltou Lula em sua fala aos reitores.
Desde abril, várias categorias ligadas ao ensino federal aderiram à paralisação. Em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos estão participando dos movimentos, enquanto em outros casos, apenas uma das categorias está paralisada. Atualmente, ao menos 53 universidades federais e 51 institutos encontram-se em greve.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aponta uma defasagem salarial de 22,71% para os professores, acumulada desde 2016. O presidente da República elogiou os esforços da ministra da Gestão, Esther Dweck, nas negociações com os grevistas, destacando a disponibilidade de recursos significativos para as categorias envolvidas.
Lula, com sua trajetória política iniciada como dirigente sindical em São Paulo, assegurou que nenhuma punição será aplicada devido à greve. Ele foi eleito para o terceiro mandato com o compromisso de valorizar o ensino público. Em seu pronunciamento no Palácio do Planalto, enfatizou que a greve tem um início e um fim determinados, ressaltando a importância de não permitir que termine por inanição.
O dirigente sindical deve ter coragem para propor, negociar e tomar decisões, mesmo que estas não sejam necessariamente extremas. Todos os envolvidos precisam colaborar para superar o impasse, como ressaltou o ministro da Educação, Camilo Santana, ao defender o término da greve. Ele destacou que a paralisação é adotada quando o diálogo se esgota, algo que, segundo ele, não ocorreu com o atual governo federal.
A retomada das aulas é crucial para os alunos, conforme enfatizado por Camilo, que mencionou o reajuste de 9% aos servidores federais em 2023 e a impossibilidade de recuperar as perdas de gestões anteriores rapidamente. A negociação em andamento pode acarretar um impacto financeiro superior a R$ 10 bilhões, conforme ressaltado pelo ministro.
Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), salientou a importância de garantir salários justos e condições adequadas para os profissionais da educação, enfatizando a necessidade de um diálogo construtivo para superar a situação atual.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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