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Gravadoras alegam cópia de músicas sem permissão para treinar sistemas de IA. Música concorrerá para gerar resultados novos, regurgitando conteúdo preexistente.
A Sony Music, a Universal Music Group e a Warner Records entraram com um processo contra as empresas de IA Suno e Udio nesta segunda-feira (24), alegando que elas infringiram direitos autorais ao utilizar suas gravações para treinar sistemas de IA voltados para a criação de músicas.
As gigantes da indústria musical acusam as empresas de inteligência artificial Suno e Udio de violarem os direitos autorais ao empregar suas gravações para desenvolver algoritmos de geração de música. A ação legal foi movida pela Sony Music, Universal Music Group e Warner Records, que buscam proteger suas propriedades intelectuais e garantir a devida compensação pelo uso não autorizado de seu conteúdo.
Empresas Utilizam IA para Copiar Músicas e Desafiar Artistas
As empresas estão recorrendo à inteligência artificial para treinar seus sistemas a criar música que concorrerá diretamente com o trabalho de artistas humanos. Recentemente, a Udio em Nova York e a Suno em Massachusetts foram alvo de processos federais por copiarem músicas sem permissão.
A Suno, liderada pelo presidente-executivo Mikey Shulman, enfatiza que sua tecnologia não se limita a regurgitar conteúdo preexistente, mas sim a gerar resultados novos e inovadores. Por outro lado, representantes da Udio ainda não se pronunciaram sobre as acusações feitas contra a empresa.
Os processos alegam que os usuários dessas plataformas foram capazes de recriar elementos de músicas famosas, incluindo faixas de artistas renomados como The Temptations, Mariah Carey, James Brown, Michael Jackson, Bruce Springsteen e o grupo ABBA. Os vocais gerados pelas IA dessas empresas são descritos como ‘indistinguíveis’ dos originais.
As gravadoras estão buscando indenizações substanciais, chegando a até US$ 150.000 por música copiada pelos réus. A Suno é acusada de copiar 662 músicas, enquanto a Udio teria replicado 1.670 faixas sem autorização.
Tanto a Suno, com sede em Cambridge, Massachusetts, quanto a Udio, sediada em Nova York, têm recebido significativos investimentos este ano para aprimorar seus sistemas de IA, que respondem a comandos de texto dos usuários para criar música.
Mitch Glazier, CEO da Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), expressou sua preocupação com empresas como Suno e Udio, que alegam ser justas ao copiar o trabalho de artistas para lucro próprio, sem consentimento ou compensação. Glazier enfatiza que essa prática vai contra a promessa de uma IA verdadeiramente inovadora para todos.
Fonte: @ Info Money
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