Exoneração publicada no Diário Oficial da União, envolvendo a Aviação Operacional e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Na última sexta-feira (26), houve a exoneração de Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho do cargo de coordenador de Aviação Operacional da Polícia Federal. A decisão de exoneração foi oficializada por meio do Diário Oficial da União (DOU).
Carlos está sendo investigado por envolvimento em um esquema de espionagem irregular dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele ocupava o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin na gestão do atual deputado federal, Alexandre Ramagem.
A operação ‘Vigilância Aproximada’ da Polícia Federal, realizada na quinta-feira (25), teve o deputado federal Alexandre Ramagem como um dos alvos.
A demissão de Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho da função de coordenador de Aviação Operacional da Polícia Federal foi um desdobramento da investigação sobre o esquema de espionagem irregular na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele atuava como secretário de Planejamento e Gestão da Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal.
Alexandre Ramagem, também alvo da operação ‘Vigilância Aproximada’ da Polícia Federal, teve sua dispensa da Abin como um dos acontecimentos da investigação.
Supremo Tribunal Federal (STF) autoriza operação de exoneração
A operação de exoneração foi autorizada por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
No relatório de Moraes, o ministro afirma que a ‘alta gestão‘ da Abin naquele momento – ‘especificamente Alexandre Ramagem e Carlos Afonso’ – ‘interferiu nas apurações disciplinares para que não fosse divulgada a instrumentalização da Abin‘.
De acordo com a investigação da PF, a possibilidade de que fosse revelado o uso irregular do sistema de monitoramento ‘First Mile‘ levou os então gestores da Abin a anular um processo administrativo disciplinar sobre o tema.
Denúncias de demissão e dispensa na alta gestão da Abin
Ramagem e Afonso também teriam agido para ‘dar aparência de legalidade’ ao uso irregular do First Mile. O sistema foi usado, segundo a PF, entre 6 de fevereiro de 2019 e 27 de abril de 2021.
Esta reportagem está em atualização
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Fonte: G1 – Política
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