Grupo criminoso causou prejuízos a mais de 2 mil vítimas nacionalmente, utilizando sites-clonados e fraude por meio de sites-falsos e PIX.
No Brasil, o número de golpes nas redes sociais aumentou em 2022, com mais de 22 milhões de vítimas registradas pelo Conselho Nacional de Segurança Pública. A polícia de São Paulo prendeu um grupo criminosa que criava propagandas falsas nas redes sociais, enganando mais de 2 mil vítimas em todo o Brasil.
A fraude era realizada por meio de propagandas falsas de produtos, publicadas no Facebook e no Instagram. A organização criminosa responsável pelos golpes foi identificada e prendida pela polícia de São Paulo. A polícia também identificou que a fraude era realizada por meio de estelionato. O Fantástico destaca que o engano era tão real que as vítimas eram enganadas a comprar produtos que não existiam. A polícia de São Paulo trabalha para proteger os cidadãos do Brasil de golpes e fraudes.
Investigação no golpe dos sites clonados
O Fantástico conversou com Humberto de Alfredo Marcondes, que caiu em um golpe que o deixou sem R$ 1.495,00, após acreditar que estava comprando um eletrodoméstico no site de uma das maiores redes varejistas do país.
Ele acreditava estar comprando uma Airfryer, mas, na realidade, estava acessando uma das páginas falsas criadas por um grupo criminoso. O golpe foi feito por meio de sites clonados, que são idênticos aos oficiais, com as mesmas fotografias de promoção, os mesmos produtos e exatamente a mesma camisa, a mesma calça, o mesmo fogão, a mesma geladeira, a mesma cor da página, tudo igual.
Humberto disse que, no momento, não estranhou quando o criminoso informou que pelo cartão de crédito não poderia ser possível, que ele fizesse um PIX. Durante os dois próximos dias, o criminoso fez contato com ele, e depois, passados esses dois, três dias, não tiveram mais o contato dele. Aí, estranhou tudo.
A Polícia Civil de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, iniciou a investigação após uma denúncia. Os investigadores prenderam 20 pessoas em diferentes estados; sete ainda seguem foragidos.
A polícia obteve capturas de tela do chefe do grupo criminoso, que mostram a montagem do clone de um desses sites. Segundo a polícia, o chefe dessa organização é Lucas de Giovani Garcia, de 22 anos.
No dia 6 de novembro, Lucas foi preso em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O jovem monitorava a quantidade de acessos aos sites clonados que ele criava — mais de mil pessoas entraram na loja falsa.
O segundo escalão do grupo, de acordo com a polícia, era composto por recrutadores responsáveis por convencer pessoas a ‘emprestar’ suas contas bancárias para que o grupo movimentasse os pagamentos via PIX. A polícia se refere a essas pessoas como correntistas.
Se a vítima reclamasse, recebia respostas ofensivas: ‘Você é feia. Seu prejuízo foi quando você nasceu’, respondeu Lucas. Assim que foi preso, ele confessou que era o responsável por orquestrar a fraude, conhecida como ‘falso site da internet’. ‘Estamos falando aí de somas que superam dezenas de milhões de reais’, disse o delegado.
Com parte do dinheiro roubado, Lucas viajava para assistir aos jogos do Corinthians. A defesa disse que ainda irá analisar o conteúdo das provas.
Plataformas também são responsáveis
Para o diretor do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), as redes sociais que veicularam esses anúncios são diretamente responsáveis. ‘Especialmente porque elas têm ganhos com esses anúncios. Quando está na rede social a pessoa fica
Fonte: © G1 – Tecnologia
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