No ‘Estúdio i’, presidente do PT comentou o ajuste na Lei de Diretrizes Orçamentárias feitas pelo governo Lula, prevendo déficit zero em vez de superávit.
Segundo a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), o governo realizou um ajuste adequado ao apresentar para o Congresso Nacional a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que busca déficit zero para o ano e prevê tentar um superávit fiscal de 0,25% em 2026. Inicialmente, o governo Lula (PT) tinha previsto superávit de 0,5 do PIB para 2025, o que foi ajustado.
‘Eu não vi nada muito diferente do que o mercado já tinha expectativa (…). O governo fez um ajuste correto. Não pode comprometer os seus programas, seus investimentos’, disse em entrevista ao ‘Estúdio i’, da GloboNews.
‘Governo, LDO’ em foco: Presidente Lula e as metas fiscais
‘Lá atrás o presidente Lula já havia falado sobre isso. Quando foi colocada a questão da meta zero para 2024 e também de 0,5% de superávit para 2025, o presidente disse ‘ó, tudo bem, vai colocar a meta, mas se isso for comprometer investimento, nós vamos alterar’. O mercado estava avisado, não tem por que o mercado ficar questionando o governo. O próprio mercado dizia que seria impossível, difícil chegar a meta zero ou difícil chegar a meio por cento de superávit. Então, por que o mercado fica nessa tensão?’
Ajuste fiscal e a postura do governo Lula
Gleisi também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que ele ‘presta um desserviço ao país’ ao especular sobre o aumento de juros.
‘O mercado já estava avisado sobre eventual mudança na meta fisca. O presidente do Banco Central presta um desserviço ao país. Isso desencadeu uma especulação sobre o aumento de juros, isso é contra o país. O presidente do Banco Central não tem que ficar falando de política fiscal. Então, eu achei muito ruim porque nós estamos falando de correções muito pequenas e que já tinham a previsibilidade [pelo governo].’
Cenário atual e o impacto da LDO no mercado
É crucial que o governo mantenha um compromisso com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, buscando alcançar um déficit zero e um superávit fiscal. As falas do presidente Lula, trazendo para discussão a possibilidade de alterar as metas fiscais se houver risco de comprometer investimentos, mostram a postura do governo em relação ao ajuste correto.
É notável que o mercado já estava ciente das possíveis mudanças nas metas fiscais, conforme mencionado pela representante Gleisi. No entanto, a especulação sobre o aumento de juros, desencadeada por declarações do presidente do Banco Central, tem gerado tensão no cenário fiscal, a despeito das correções pequenas que já tinham previsibilidade pelo governo.
Fonte: G1 – Política
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