Verônica e Priscila Silva justificaram o antigo espólio de coação, ligação à instituição, preservação da memória artística cultural: música, coação moral irresistível, indícios, forças, elementos, adjudação a músicos e artistas outros.
A Justiça de São Paulo rejeitou a solicitação de duas primas de Gal Costa para que um testamento da cantora, elaborado em 1997, fosse considerado novamente válido perante a lei. De acordo com o g1, Verônica e Priscila Silva alegavam que Wilma Petrillo havia exercido coação sobre a artista para que ela anulasse o documento em 2019, quando um novo testamento foi redigido.
Essa tentativa de modificar o testamento de Gal Costa evidencia a presença de uma possível coerção por parte de Wilma Petrillo sobre a cantora. A pressão para alterar um documento legal, como um testamento, levanta questões sobre a obrigação de respeitar a vontade da testadora. É importante considerar a gravidade das alegações de coação em processos judiciais desse tipo.
Coagida a Revogar
A intenção original das primas com relação ao testamento antigo era a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura, uma instituição que estaria sob sua administração. Documentos apresentados durante o processo indicam que Wilma, que conviveu com a renomada artista por aproximadamente duas décadas e obteve o reconhecimento de união estável, chegou a assinar o espólio naquela ocasião.
Em uma reviravolta complexa, o juiz da 12ª Vara da Família da capital paulista esclareceu que o testamento datado de 1997 foi automaticamente anulado quando Gabriel Costa, filho de Gal, integrou a família. Sua adoção ocorreu em 2007, quando tinha apenas dois anos. A análise do magistrado aponta que, mesmo que se possa questionar a possibilidade de coerção, é inegável que o testamento original foi feito antes da adoção do filho e, portanto, foi invalidado com a chegada do descendente.
É notável que, no momento da elaboração do testamento, a dona da herança deixou claro que não tinha herdeiros, o que demonstra sua total liberdade para dispor de seus bens. No entanto, diante da existência do herdeiro, a consequência inevitável foi a anulação do testamento anteriormente redigido.
A Disputa pela Herança
Entre os desdobramentos do caso, Verônica e Priscila alegam que Gal entregou a elas, nos anos 2000, todo seu acervo de figurinos artísticos com o propósito de estabelecer essa coleção como patrimônio da Fundação Gal Costa. O acervo inclui trajes utilizados desde os primeiros tempos da Tropicália até a Turnê com Tom Jobim, o que reforça a intenção da artista expressa no testamento.
Os objetivos delineados para a fundação envolvem a formação de músicos e outros artistas cujas atividades culturais estejam interligadas com a música. Segundo as primas, a intenção nobre de Gal Costa era a criação de uma instituição dedicada à preservação de sua memória artística, cultural e musical.
Verônica e Priscila afirmam que a revogação do testamento ocorreu sob circunstâncias que sugerem uma forte coerção moral irresistível sobre Gal Costa, sua família e seu patrimônio, configurando, assim, um ato de coação. Elas argumentam que a cantora nunca expressou desejo de revogar o testamento anteriormente redigido, especialmente porque o documento tinha o propósito de preservar seu patrimônio cultural e artístico para a criação de uma fundação beneficente em seu nome.
Manipulação e Coação
As primas também alegam que a conduta de Wilma sempre foi pautada na manipulação em relação a Gal, abarcando sua carreira, patrimônio, família, colaboradores e amigos, bem como todos os que tinham ligação com a renomada artista. O enredo que se desdobra revela indícios de uma pressão intensa sobre Gal Costa, levando-a a decisões que, segundo Verônica e Priscila, não refletiam sua verdadeira vontade no que tange à preservação de seu legado artístico e cultural.
Diante desses elementos, a batalha pela herança de Gal Costa continua a suscitar debates sobre os limites éticos das relações familiares e as nuances da influência exercida sobre indivíduos vulneráveis à coação moral.
Fonte: @ Hugo Gloss
Comentários sobre este artigo