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O incidente ocorreu em uma clínica de reabilitação em Cotia, SP: internado para tratamento, uso de força, luta corporal, mata-leão, levado ao pronto-socorro.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Matheus de Camargo Pinto, 24, monitor da Comunidade Terapêutica Efatá, em Cotia, na Grande São Paulo, onde ocorreram agressões fatais contra Jarmo Celestino de Santana, 55, na segunda-feira (8), confessou em depoimento à Polícia Civil sua participação nos atos violentos. O paciente, que buscava tratamento para a dependência química e foi hospitalizado, veio a óbito na segunda-feira (8).
A investigação sobre os maus-tratos e agressões nas instalações da instituição está em andamento, visando esclarecer os fatos que levaram à morte de Jarmo Celestino de Santana. É fundamental que casos de violência e atos-violentos sejam rigorosamente apurados e que medidas de prevenção sejam implementadas para garantir a segurança e integridade dos pacientes em instituições de tratamento.
Agressões em Clínica de Reabilitação Resultam em Morte de Paciente
Na clínica de reabilitação, Matheus testemunhou a série de agressões que culminaram na morte de Jarmo. O paciente, que deu entrada na sexta-feira às 20h, estava transtornado e precisou ser contido com violência. Funcionários o agrediram durante a internação, e no sábado, tentou agredir monitores, resultando em uma luta corporal.
Por volta das 10h, Jarmo começou a danificar o quarto, sendo contido com um mata-leão. Após ser limpo, ele ficou sozinho no local. Na manhã de segunda-feira, recusou o café da manhã e acabou sendo encontrado caído. Socorrido, foi levado ao pronto-socorro de Vargem Grande Paulista, onde veio a óbito.
Matheus, ex-usuário de drogas e monitor por apenas 12 dias, foi preso por homicídio. A Defensoria Pública o representa, enquanto a advogada da clínica se recusou a comentar sobre o caso. Os donos da clínica afirmam não ter conhecimento das agressões.
A Polícia Civil, com apoio do GOE, investiga o caso, registrado como tortura. Imagens divulgadas pela TV Bandeirantes mostram Jarmo em situação debilitada, cercado por pessoas que zombavam de sua condição. A triste realidade das agressões em ambientes de tratamento levanta questões sobre a segurança e o cuidado necessários nesses locais.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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