Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, falou sobre fuga de detentos em Penitenciária Federal no Pará, violência e operação no sistema penitenciário.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou que a corporação continua investigando quem pode ter financiado e auxiliado na fuga dos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, os dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em 14 de fevereiro.
A dupla foi encontrada na quinta (4), no Pará, a cerca de 1,6 mil quilômetros da cidade de onde fugiram. As buscas pelos fugitivos duraram 50 dias (veja detalhes da operação abaixo).
Segundo as autoridades, os foragidos foram localizados na quinta (4), no Pará, a cerca de 1,6 mil quilômetros da cidade de onde escaparam. As buscas pelos prisioneiros duraram 50 dias (confira todos os detalhes da operação abaixo).
Fuga: Fugitivos do sistema penitenciário federal do Pará conseguem escapar com ajuda externa
Segundo Andrei Rodrigues, os foragidos receberam auxílio externo. O diretor-geral da PF citou um pix enviado à dupla e disse que a transferência aponta para possível envolvimento de uma fação criminosa na fuga.
‘De fato houve essa transferência de uma pessoa que, em tese, não tem grande capacidade econômica, financeira. E que portanto aponta que pode ser apenas um intermediário de um grupo criminoso que está interessado na fuga dessas duas pessoas. Isso é objeto da investigação, disse.
Também na quinta, o Ministério da Justiça dispensou definitivamente Humberto Gleydson Fontinele Alencar do cargo de diretor do presídio federal do Mossoró. Ele estava afastado desde o dia da fuga.
Fuga dos detentos foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró: A fuga dos prisioneiros
Rogério e Deibson escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, uma Quarta-Feira de Cinzas. Os dois presos, originários do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e são do Comando Vermelho.
A fuga dos detentos foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda as penitenciárias de Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Para deixar a cadeia, os criminosos criaram uma passagem atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame. Segundo as investigações, eles usaram ferramentas de uma obra que estava sendo feita na penitenciária.
Após a fuga, autoridades locais e federais criaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos. O grupo incluiu agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.
Logo nos primeiros dias de fuga, Rogério e Deibson invadiram casas e fizeram uma família refém. Além disso, a PF informou que uma facção criminosa teria ajudado os fugitivos a pagar R$ 5 mil ao dono de uma fazenda que auxiliou na fuga.
Os escapados conseguiram fazer uma viagem de barco pesqueiro, de Icapuí (CE), a 202 km de Fortaleza, com direção à Ilha de Mosqueiro, em Belém do Pará.
A viagem pela costa brasileira durou seis dias, e os criminosos chegaram a Belém no dia 24 de março.
Bastidores da prisão: Andamento e captura dos fugitivos
A TV Globo apurou que, por volta das 10h da manhã desta quinta, um delegado da PF informou a PRF em Marabá que os fugitivos passariam pela cidade de Tailândia (MA), a 300 km de Belém.
A polícia, então, começou a fazer o acompanhamento dos criminosos. Quando eles se aproximaram de Morada Nova, a 25 km de Marabá, os policiais fecharam dois lados de uma ponte, na BR-222.
Um fugitivo estava em um carro, e o outro em um segundo veículo. Um terceiro carro, que dava apoio aos fugitivos, também foi parado. Além dos prisioneiros, quatro homens que os auxiliavam a fuga foram presos nesta quinta.
Com o grupo, foram apreendidos um fuzil com dois carregadores, dinheiro e oito celulares. O Ministério da Justiça afirmou que os fugitivos queriam ir para o exterior.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que Rogério e Deibson permanecerão presos em celas separadas do presídio de Mossoró e serão monitorados constantemente. Ainda segundo o ministro, a segurança da penitenciária foi reforçada.
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Fonte: G1 – Política
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