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Frente fria reduziu focos de queimada no centro-sul do Brasil na primeira quinzena de julho, mas preocupações persistem até agosto.
De acordo com a análise de Fábio Luego, meteorologista da Climatempo, as queimadas no Pantanal têm sido motivo de preocupação no Brasil, com um aumento significativo em comparação aos anos anteriores. O clima seco e quente dos últimos meses tem sido um dos principais fatores que contribuíram para o aumento das queimadas no bioma.
O aumento dos focos de incêndio no Pantanal tem gerado impactos significativos na região, chamando a atenção para a necessidade de medidas urgentes para combater as queimadas. A situação dos incêndios no bioma tem mobilizado esforços de diversas instituições e autoridades, visando proteger a fauna, flora e comunidades locais afetadas pelas queimadas.
Foco nas queimadas: O impacto das temperaturas no aumento de incêndios
Porém, uma excelente notícia é que a onda de frio que atingiu parte do centro-sul do Brasil na primeira quinzena de julho ajudou a diminuir os focos de queimadas. As notícias relacionadas mostram que o frio vai piorar em SP, com previsão do tempo indicando baixas temperaturas que causaram até geadas no Rio, SP e MG. O Inmet emitiu alerta para umidade. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 292 mi de um pecuarista que destruiu a Floresta Amazônica.
O combate a incêndios no Pantanal, na região de Corumbá, Mato Grosso do Sul, foi intenso, como mostram as fotos públicas de Bruno Rezende-CBMS. Diversos fatores contribuem para o surgimento de um foco de incêndio, incluindo umidade, tempo seco, altas temperaturas e ventos. O mês de julho reflete a relação entre as temperaturas e os focos de incêndio, como evidenciado pelos dados de queimada do INPE comparados com as temperaturas em Corumbá.
Corumbá, localizado no centro-sul do Brasil, é o município brasileiro com maior número de focos de fogo em 2024, totalizando 2820 focos até 22 de julho. No início de julho, com temperaturas acima dos 30°C, o número de focos de incêndio foi significativo, chegando a 381 focos nos primeiros 6 dias.
Para efeito de comparação, em julho de 2023, o Pantanal teve 126 focos. Já nos primeiros 6 dias de julho de 2024, foi registrado o segundo maior número de focos desde 1998, com 602 focos, ficando atrás apenas de 2020. No entanto, entre os dias 7 e 16 de julho, uma onda de frio afetou o Mato Grosso do Sul, com temperaturas máximas abaixo dos 20°C, aumentando a umidade e causando uma diminuição drástica nos focos de incêndio, chegando a zerar por vários dias.
Após esse período, com o retorno das temperaturas acima dos 30°C, os focos de incêndio voltaram a subir, embora não com a mesma intensidade do início do mês. A chuva continua escassa, o que é preocupante para o Pantanal, que enfrenta uma situação crítica em 2024. Em junho, o bioma registrou 2.639 focos, superando o recorde de 2009. Em julho, entre os dias 1 e 22, foram registrados 559 focos, ficando atrás apenas de 2020.
O futuro cenário é alarmante, pois a previsão é de chuvas escassas, e historicamente, agosto e setembro são os meses com mais queimadas. A relação entre as temperaturas e os focos de incêndio é clara, destacando a importância de medidas para combater as queimadas e preservar o meio ambiente.
Fonte: @ Terra
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