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Artista falecido em 2017 se autodenominava “travesti da família brasileira”, combatendo crimes de homotransfobia e promovendo inclusão na comunidade LGBTQ+.
O Formulário de Registro Geral de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBT+ recebeu o apelido carinhoso de ‘formulário Rogéria’, em referência à icônica Rogéria, artista multifacetada do Brasil. Esse documento é essencial para garantir a segurança e proteção da comunidade LGBT+ em situações de emergência. O ‘formulário Rogéria’ é adotado em procedimentos de registro de ocorrência em diversas delegacias pelo país.
A Rogéria, homenageada por meio desse formulário vital, deixou um legado marcante como artista transgênero, que desafiou estereótipos e inspirou gerações. Sua contribuição para a cultura brasileira é inestimável, e a denominação do formulário em sua homenagem destaca a importância da representatividade e da luta por direitos igualitários. A memória de Rogéria permanece viva não apenas na arte, mas também na proteção e amparo oferecidos pela utilização do ‘formulário Rogéria’ em todo o país.
Rogéria: A Artista Homenageada
Registro de ocorrência é fundamental para identificar casos de homotransfobia em todo o país. O Ministério da Justiça está empenhado em implementar o protocolo em todos os estados brasileiros, visando combater a violência contra a comunidade LGBTQ+. A iniciativa visa apontar o aumento dos crimes de homotransfobia, tornando mais eficaz o registro dessas ocorrências nas delegacias de todo o Brasil.
Rogéria: Sua Importância na Cultura Brasileira
Quem foi Rogéria? Nascida em 1943 em Cantagalo, estado do Rio de Janeiro, Rogéria deixou sua marca nos palcos cariocas a partir de 1964, em meio ao contexto do golpe civil-militar. Além de suas habilidades artísticas, ela também se destacou como maquiadora, sendo considerada uma personalidade pioneira no movimento travesti. Em várias ocasiões, a artista se autodenominou ‘a travesti da família brasileira’, evidenciando sua relevância e coragem.
Rogéria: Seu Legado no Museu Histórico Nacional
O Museu Histórico Nacional (MHN), localizado no Rio de Janeiro (RJ), recebeu em maio de 2023 uma significativa doação de itens pessoais de Rogéria, feita por uma amiga e colega de palco da artista. Pedro Heringer, diretor substituto do MHN, destaca a importância de Rogéria como uma das mais importantes artistas do país, sendo a primeira travesti a alcançar sucesso na TV. Os objetos pessoais agora integrados ao acervo do Museu simbolizam a busca por novos protagonismos e a ampliação do discurso histórico.
Rogéria: Memórias e Reconhecimento
Rogéria faleceu em 2017 devido a complicações de uma infecção urinária, deixando um legado de coragem e representatividade. Sua trajetória artística e pessoal inspira gerações e reforça a importância do combate à homotransfobia. O Museu Nacional já abrigou peças de teatro relacionadas à artista, como o ‘Por via das dúvidas’, dirigido por Agildo Ribeiro em 1973, que enfrentou a censura da ditadura militar. Rogéria permanece como um ícone da luta pelos direitos LGBTQ+ e um símbolo de resistência na cultura brasileira.
Fonte: @ CNN Brasil
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