Endividamento bruto do Brasil atingirá 92% do PIB em 2025 e 97,6% em cinco anos, de acordo com novas projeções do arcabouço fiscal, avaliadas pelo Banco Central e Ministros das Finanças, em consonância com o Fundo Monetário Internacional.
De acordo com as novas estimativas divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida pública brasileira deve sofrer uma piora significativa em sua avaliação para 2024 e nos próximos cinco anos. Essa revisão nas projeções indica que o país está enfrentando um desafio crescente em relação ao seu endividamento.
As novas projeções do FMI apontam que a dívida bruta do Brasil alcançará 92% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, e chegará a 97,6% em cinco anos. Isso significa que a dívida pública brasileira continuará a crescer, tornando-se um desafio ainda maior para a economia do país. A gestão eficaz da dívida pública é fundamental para garantir a estabilidade econômica. Além disso, é importante que o governo brasileiro adote medidas para reduzir o endividamento e promover o crescimento econômico sustentável.
Previsões indicam que a dívida pública não será estabilizada
As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que o arcabouço fiscal, que entrou em vigor neste ano, não vai estabilizar a dívida pública como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) no horizonte previsto. Além disso, o resultado primário só deve voltar a ser positivo em 2027, segundo as estimativas do FMI. Essa situação é preocupante, pois a dívida pública é um dos principais indicadores do endividamento de um país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa da reunião de ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington, declarou que espera que as projeções do FMI não se confirmem. Para tanto, ele disse que é preciso fortalecer o arcabouço fiscal, que é o conjunto de regras e políticas que regem a gestão das finanças públicas. ‘Do ponto de vista fiscal, eu penso que o fortalecimento do arcabouço fiscal é o remédio mais adequado para o momento que nós estamos vivendo’, afirmou, em entrevista coletiva.
Fortalecimento do arcabouço fiscal é essencial
O ministro Haddad também destacou que a ancoragem das expectativas vai acabar acontecendo, o que significa que a confiança dos investidores e dos mercados financeiros será restaurada. ‘Esse é um ponto de vista, uma convicção muito forte que eu tenho’, disse. Além disso, ele pontuou que haverá uma adequação dos gastos aos parâmetros do arcabouço fiscal e reforçou o compromisso da Fazenda em manter as despesas abaixo das receitas.
A dívida bruta é outro indicador importante que deve ser monitorado. Ela representa o total da dívida pública, incluindo a dívida interna e externa. A gestão eficaz da dívida bruta é fundamental para evitar o aumento do endividamento e manter a estabilidade econômica.
O ministro Haddad também destacou que, apesar dos gastos extraordinários, como os realizados com a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul e com o combate às queimadas, o mercado reconhece que a meta fiscal não foi alterada. Isso é um sinal positivo, pois indica que a confiança dos investidores e dos mercados financeiros está sendo mantida.
Desoneração da folha de pagamento é um desafio
O ministro Haddad também comentou sobre os projetos de desoneração da folha de pagamento. Ele disse que, se a questão da desoneração fosse enfrentada da maneira como a Fazenda propôs, a meta fiscal deste ano teria sido cumprida com folga. ‘Nós hoje estaríamos discutindo folga de caixa e não falta de caixa’, finalizou. Isso é um desafio importante, pois a desoneração da folha de pagamento pode ter um impacto significativo na dívida pública e no endividamento do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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