O juiz Carlos Eduardo Mendes foi afastado temporariamente de seu cargo na justiça por causa dos processos atrasados, tendo sido nomeado administrador judicial para resolver casos presencialmente na fila.
O processo de afastamento do juiz Carlos Eduardo Mendes foi iniciado após denúncias de irregularidades no processo de distribuição de tramitação dos processos no Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão do Órgão Especial foi unânime e determinou que o magistrado fique suspenso por 120 dias de suas funções.
Seu afastamento pode ter um impacto significativo no processo de tramitação de processos na 8ª Vara Cível de Campinas. Além disso, a demora nos processos pode levar a atrasos e dificuldade para resolver questões judiciais. É esperado que o afastamento do juiz seja revertido após o término do período de suspensão, e que a normalidade dos processos seja restaurada.
Processo de investigação e punição
O desembargador José Carlos Ferreira Alves liderou a investigação sobre o juiz Mendes, que culminou na punição por inúmeras faltas no trabalho presencial e por uma fila de processos atrasados. A decisão foi tomada na última quarta-feira (11) durante sessão administrativa do colegiado. Mendes foi punido pela falta de comprometimento com o processo judicial, que impactou negativamente na prestação jurisdicional.
Acusações e justificativas
O caso do juiz Mendes chegou ao colegiado após ele ser acusado de nomear um amigo como administrador judicial em processos. No entanto, o relator não viu ilegalidades na nomeação, o que foi usado como justificativa para pedir o arquivamento total do caso. O juiz Mendes também foi acusado de presidir menos audiências do que outras varas, o que foi apontado pelo relator como um problema grave.
Investigação e provas
A investigação apurou que Mendes enviava despachos vazios para ‘mascarar os atrasos processuais’. As informações desses processos atrasados constavam em uma planilha, encontrada pela investigação, que era controlada por funcionários do gabinete do juiz. O relator ressaltou que as supostas e genéricas inconsistências de internet não eram levadas para equipe de informática e não afetavam os funcionários do fórum.
Defesa e argumentos
A defesa do juiz nega as informações apresentadas pelo relator. Durante a sessão, o advogado Marco Antônio Benassi apresentou dados de audiência para justificar que Mendes presidiu mais sessões que outras comarcas. Benassi afirmou que Mendes ‘tomou medidas sem causar prejuízo aos jurisdicionado’. ‘Com o devido respeito, se há uma acusação que não se pode fazer ao magistrado é de promover atrasos na prestação jurisdicional, conforme a imputação feita’, disse o advogado.
Processos atrasados e impacto
As investigações mostraram que Mendes não presidiu audiências regularmente, com uma média mensal de nove audiências, enquanto outras varas tinham uma média de 52. Isso resultou em uma fila de processos atrasados, que afetou negativamente a prestação jurisdicional. O caso do juiz Mendes é um exemplo do impacto que os processos atrasados podem ter na justiça, e a necessidade de medidas para evitar esses atrasos.
Fonte: © Direto News
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