Diana Rosa Stanesco Vuletic, criminoso condenado por estelionato, extorsão, roubo e associação criminosa. Golpe milionário: penas de 45 anos e 9 meses. Victim restitution: R$ 421 milhões, imóveis e carros confiscados. Total golpe: R$ 725 milhões. Búzios, cartas, Mãe Valéria, Oxóssi, pagamentos. Condenados: golpe, extorsão, roubo, sequestro, cárcere, privado. Operações da polícia chamada Sol e Poente.
No dia 14 de setembro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve Diana Rosa Stanesco Vuletic. A mulher, de 39 anos, estava desaparecida por participar de uma fraude milionária contra Geneviève Boghici, viúva de Jean Boghici, falecido em 2015 e conhecido como um dos mais renomados colecionadores de arte no Brasil. A acusada foi identificada como uma falsa vidente que enganou a viúva com promessas de revelações sobrenaturais.
A falsa vidente Diana Rosa Stanesco Vuletic, que se passava por uma médium de renome, foi capturada após investigações minuciosas. A mulher, que se autodenominava uma profeta moderna, agora enfrenta as consequências de suas ações fraudulentas, que abalaram a confiança da comunidade artística e espiritual.
Esquema da Falsa Vidente: Golpe Milionário e Prisões
Diana, a falsa vidente, foi sentenciada em primeira instância por estelionato, extorsão, roubo e associação criminosa. A pena imposta foi de 45 anos e nove meses de reclusão, devido ao seu envolvimento em enganar a idosa com suas práticas fraudulentas. No momento da captura, Diana foi encontrada na praia de Grumari, na zona oeste do Rio de Janeiro, sem oferecer resistência às autoridades.
Os comparsas de Diana, também envolvidos no esquema criminoso, já estavam sob custódia, condenados por crimes semelhantes, como estelionato, extorsão, roubo, sequestro, cárcere privado e associação criminosa. A operação policial denominada ‘Sol Poente’, realizada em 2022, foi crucial para desmantelar a quadrilha. Diana recebeu a menor sentença, enquanto os demais condenados enfrentam penas que variam de sete a 13 anos de prisão.
Além da punição penal, os quatro acusados foram ordenados a ressarcir a vítima em R$ 421 milhões, parte dos R$ 725 milhões obtidos no golpe, dos quais R$ 303 milhões já foram recuperados. Propriedades e veículos adquiridos com o dinheiro ilícito foram apreendidos, incluindo 16 obras de renomados artistas como Tarsila do Amaral, Cícero Dias e Di Cavalcanti. O grupo também se apropriou de joias roubadas e de pagamentos feitos sob coerção pela vítima em busca de cura.
A investigação revelou que o esquema teve início em janeiro de 2020, quando Geneviève foi abordada por Diana em Copacabana, que se passou por vidente e alegou prever a morte iminente de sua filha. Sob coação, a idosa foi levada a várias médiuns, incluindo Jacqueline Stanesco e Mãe Valéria de Oxóssi, que exploraram a situação para extorquir dinheiro. Os pagamentos alcançaram R$ 5 milhões em pouco mais de dez dias, transferidos para contas ligadas aos golpistas.
O desdobramento desse golpe criminoso expõe a crueldade e a ganância por trás da falsa aura de poderes sobrenaturais, demonstrando a importância de combater práticas fraudulentas que visam explorar a vulnerabilidade e a ingenuidade das pessoas em busca de respostas e cura.
Fonte: @ Hugo Gloss
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