Amil e Alliança disputam a Dasa, que recebeu aporte de R$ 1,5 bi. Quest pode entrar em aquisição minoritária no setor de saúde.
A Dasa, controlada pela família Bueno, confirmou, em comunicado oficial, o que já vinha sendo comentado no mercado: a Dasa tem duas propostas de fusão em discussão, como parte da busca de alternativas para fortalecer sua saúde financeira. A primeira proposta está em fase avançada de negociação para uma possível união com a Amil no setor hospitalar.
Além disso, a empresa de medicina diagnóstica está avaliando outra proposta de fusão com uma empresa de diagnóstico internacional, como estratégia para expandir sua atuação global e fortalecer o grupo no mercado de saúde. A Dasa segue em busca de parcerias que possam impulsionar seu crescimento e consolidar sua posição como referência no setor de medicina diagnóstica.
Discussões em andamento sobre a operação da Dasa
No estágio atual das conversas, cada empresa teria 50% do capital da Ímpar, operação da Dasa no setor, que passaria a ter 12 unidades da companhia e outras 9 da ‘nova sócia’ – ficariam de fora os dois hospitais da Amil no Nordeste. Os termos que estão sendo discutidos – e que foram antecipados, em parte, pelo jornal Valor Econômico – também incluem a transferência de pelo menos R$ 3 bilhões da dívida da Dasa para a Ímpar, sua operação no setor, sendo R$ 3,85 bilhões o valor atual das conversas.
Para a dívida, o negócio com a Amil é ótimo, mas para o equity é mais difícil, avalia um gestor que está posicionado no segmento de saúde. Dinheiro nunca foi um problema para a Dasa, que sempre teve capital disponível. É o modelo de negócio que precisa mudar. Já a segunda opção passa pelo recebimento, por meio do BTG Pactual, que está assessorando a Dasa nesses processos, de um documento do empresário Nelson Tanure, controlador da Alliança (ex-Alliar), grupo de medicina diagnóstica, propondo a combinação das duas operações.
Segundo o fato relevante, a transação, cuja proposta foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias do jornal O Estado de S. Paulo, envolveria um aumento de capital, em dinheiro, da Dasa, e não incluiria uma aquisição do controle da companhia. Tanure pediu ao BTG até dois dias para enviar uma contraproposta. Mas, pessoas a par da negociação, disseram ao NeoFeed que esse documento já está na mesa da Dasa. A intenção de Tanure, que recentemente aumentou sua posição na Oncoclínicas, é conter o avanço da Amil no segmento oncológico.
Ele e Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas, têm interesse no negócio de oncologia da Dasa, mas se a fusão com a Amil for adiante, não só a concorrente aumenta a sua carteira no segmento como encerra a possibilidade de um deal para a Oncoclínicas. Mas, ao longo do dia, uma terceira opção entrou no radar da Dasa e aparece como uma alternativa caso os M&As naufraguem. A venda de uma participação minoritária para a americana Quest Diagnostics passou a ser uma possibilidade mais concreta, disseram fontes a par da negociação para o NeoFeed.
A entrada da Quest, que projeta uma receita entre US$ 9,4 bilhões e US$ 9,48 bilhões para o ano de 2024, seria uma injeção de capital a mais na Dasa além do R$ 1,5 bilhão comprometido pela família Bueno. E, além de aliviar o endividamento, manteria a empresa independente. Amil na dianteira Conforme apurou o NeoFeed, diante dessas três escolhas, quem está mais avançada no páreo é a Amil. Entre outras questões, essa proposta desponta como favorita pelo fato de a empresa manter um ponto relevante em comum com a Dasa. O setor de saúde continua mal e os gestores continuam não olhando para Dasa. Mas, além da família Bueno, o BTG também tem interesse na fusão porque emprestou dinheiro para os dois lados, diz um gestor que já foi comprado no papel. Em uma parte dessa equação, a Dasa levantou R$ 1,5 bilhão em um follow on realizado em abril de 2023. Desse total, R$ 1 bilhão foi aportado.
Negociações em curso para a operação da Dasa
No estágio atual das conversas, cada empresa teria 50% do capital da Ímpar, operação da Dasa no setor, que passaria a ter 12 unidades da companhia e outras 9 da ‘nova sócia’ – ficariam de fora os dois hospitais da Amil no Nordeste. Os termos que estão sendo discutidos – e que foram antecipados, em parte, pelo jornal Valor Econômico – também incluem a transferência de pelo menos R$ 3 bilhões da dívida da Dasa para a Ímpar, sua operação no setor, sendo R$ 3,85 bilhões o valor atual das conversas.
Para a dívida, o negócio com a Amil é ótimo, mas para o equity é mais difícil, avalia um gestor que está posicionado no segmento de saúde. Dinheiro nunca foi um problema para a Dasa, que sempre teve capital disponível. É o modelo de negócio que precisa mudar. Já a segunda opção passa pelo recebimento, por meio do BTG Pactual, que está assessorando a Dasa nesses processos, de um documento do empresário Nelson Tanure, controlador da Alliança (ex-Alliar), grupo de medicina diagnóstica, propondo a combinação das duas operações.
Segundo o fato relevante, a transação, cuja proposta foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias do jornal O Estado de S. Paulo, envolveria um aumento de capital, em dinheiro, da Dasa, e não incluiria uma aquisição do controle da companhia. Tanure pediu ao BTG até dois dias para enviar uma contraproposta. Mas, pessoas a par da negociação, disseram ao NeoFeed que esse documento já está na mesa da Dasa. A intenção de Tanure, que recentemente aumentou sua posição na Oncoclínicas, é conter o avanço da Amil no segmento oncológico.
Ele e Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas, têm interesse no negócio de oncologia da Dasa, mas se a fusão com a Amil for adiante, não só a concorrente aumenta a sua carteira no segmento como encerra a possibilidade de um deal para a Oncoclínicas. Mas, ao longo do dia, uma terceira opção entrou no radar da Dasa e aparece como uma alternativa caso os M&As naufraguem. A venda de uma participação minoritária para a americana Quest Diagnostics passou a ser uma possibilidade mais concreta, disseram fontes a par da negociação para o NeoFeed.
A entrada da Quest, que projeta uma receita entre US$ 9,4 bilhões e US$ 9,48 bilhões para o ano de 2024, seria uma injeção de capital a mais na Dasa além do R$ 1,5 bilhão comprometido pela família Bueno. E, além de aliviar o endividamento, manteria a empresa independente. Amil na dianteira Conforme apurou o NeoFeed, diante dessas três escolhas, quem está mais avançada no páreo é a Amil. Entre outras questões, essa proposta desponta como favorita pelo fato de a empresa manter um ponto relevante em comum com a Dasa. O setor de saúde continua mal e os gestores continuam não olhando para Dasa. Mas, além da família Bueno, o BTG também tem interesse na fusão porque emprestou dinheiro para os dois lados, diz um gestor que já foi comprado no papel. Em uma parte dessa equação, a Dasa levantou R$ 1,5 bilhão em um follow on realizado em abril de 2023. Desse total, R$ 1 bilhão foi aportado.
Fonte: @ NEO FEED
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