Por mais de 20 anos, o partido teve 16 representantes no Senado, ocupando a terceira posição. Agora, terá apenas um senador.
A partir da próxima semana, o PSDB terá apenas um representante no Senado: Plínio Valério (AM)
Isso porque Izalci Lucas, atual líder do partido na Casa, vai migrar para o PL na terça-feira (26)
Com menos de três integrantes, partido perdeu direito a ter um gabinete de liderança no Senado
Legenda foi, por mais de 20 anos, a terceira maior do Senado, e chegou a ter 16 senadores em 1998
Parlamentares da sigla atribuem a desidratação tucana a disputas internas e rachas ideológicos
O partido da social democracia brasileira enfrenta um momento de desafios e mudanças no Senado, onde a sigla do PSDB contará com apenas um representante a partir da próxima semana. Com a saída do atual líder para o PL, os tucanos perderão o direito a um gabinete de liderança na Casa. Os parlamentares atribuem a desidratação do partido a disputas internas e rachas ideológicos, evidenciando a necessidade de uma nova estratégia para fortalecer o PSDB no Senado.
PSDB sofre com a redução da bancada no Senado
O PSDB enfrenta uma crise no Senado e agora contará com apenas um senador filiado ao partido. Isso torna a sigla a menor bancada partidária e iguala sua representatividade com o Novo.
O nomem que liderava o partido na Casa, senador Izalci Lucas, se desfilia na próxima semana rumo ao PL, confirmando uma aproximação já esperada desde o último ano. A única braço remanescente do partido no Senado é Plínio Valério (AM), que preside o diretório estadual tucano no Amazonas e é constantemente convidado para se filiar a outros partidos.
Com a redução de seus representantes eleitos em 2022, o PSDB enfrenta uma situação delicada, a pior para o partido desde 1990. Quando o foco era a ocupação da terceira posição no ranking de partidos do Senado, atualmente enfrenta uma redução de poder. Em 2023, inicia o ano com apenas quatro senadores, nenhum eleito no último pleito.
A situação se agravou ainda mais com a decisão de dois representantes de migrar para outras legendas: Alessandro Vieira (SE) para o MDB; e Mara Gabrilli (SP) para o PSD. Sem representantes suficientes, o PSDB perdeu o direito a uma estrutura de liderança na Casa e foi despejado do espaço que ocupava no edifício principal do Senado.
Desafios internos comprometem o futuro do PSDB
As disputas internas por comando e divergências sobre os rumos do partido nas eleições de 2022 são responsáveis pela desidratação do PSDB no Congresso. Federado ao Cidadania, o partido voltou seus esforços ao pleito para o Congresso, mas o resultado foi considerado um fracasso.
A legenda enfrentou uma crise de representação e sofreu um grande revés, perdendo o comando do estado de São Paulo e atingindo o menor número de deputados desde sua fundação. A desidratação do partido no Senado revela a necessidade de reconstrução do PSDB, numa busca por novas lideranças no Congresso e ampliação de eleitos para 2026, sob o comando de Marconi Perillo.
Convites e movimentações no Senado
O último senador do PSDB no Senado, Plínio Valério, continuará filiado ao partido e tem recebido convites de outras legendas para migração. O senador avalia que pode deixar o partido, mas essa decisão somente será tomada após as eleições municipais deste ano. Enquanto isso, alega que a sigla precisa se ‘reinventar’ e buscar uma alternativa em crise.
Na Câmara, a busca também é por reconstrução, com mudanças defendidas como ‘normais’ por Paulo Abi-Ackel (MG). Enquanto isso, o partido avalia a filiação de novos senadores, mas afirma que não há nomes imediatos. Na expectativa de se preparar para uma reconstrução, o PSDB busca recuperar espaços importantes nos colégios eleitorais.
Fonte: G1 – Política
Comentários sobre este artigo