Comando do Exército avalia a operação da Polícia Federal. Ação mira militares da reserva e investiga ilegalidades durante o governo Bolsonaro.
A operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (8) que mira militares da ativa e da reserva está gerando repercussão no Ministério da Defesa e no Comando do Exército, que reafirmam que ‘ninguém é intocável’ e que quem cometeu irregularidades terá que prestar contas à justiça.
De acordo com a equipe do comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, é importante lembrar que ‘condutas individuais são tratadas individualmente’ e que absolutamente ninguém está acima da lei. A ação policial desta quinta-feira resultou em mandados de prisão contra três militares da ativa, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.
.
Operação da Polícia Federal: ação mira militares da reserva e da ativa
- os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara;
- e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira.
Uma operação recente da Polícia Federal está em andamento, mirando militares da reserva e da ativa, incluindo os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e que foram assessores da confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Ministério da Defesa e o Comando do Exército já estavam informados que uma operação atingiria militares da reserva e da ativa.
Investigação de ilegalidades durante o governo Bolsonaro
O general Tomás Paiva tem dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nenhum militar que tenha cometido ilegalidades durante o governo Bolsonaro e relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro receberá qualquer tratamento diferenciado, e terá de responder pelos seus atos.
O general tem destacado que não há nada relacionado à equipe atual do Exército nem do Ministério da Defesa, e que esses atos de ilegalidades foram cometidos durante o governo passado e sob orientação da equipe do ex-presidente.
Ação policial: mandados de prisão e atos golpistas
Entre militares da ativa, a avaliação é que a pior situação dentro da tropa é do general Paulo Sérgio Nogueira, que foi comandante do Exército e ministro da Defesa. Ele tinha uma excelente reputação, mas acabou aderindo às teses bolsonaristas.
Em relação aos generais Braga Netto e Augusto Heleno, eles já estavam alinhados, na avaliação da equipe do ministro José Múcio, ao governo Bolsonaro e sua estratégia de tentar permanecer no poder.
Fonte: G1 – Política
Comentários sobre este artigo