Toledo foi condenado pela Suprema Corte por conluio e lavagem de dinheiro ao ceder contrato de obras públicas na Amazônia brasileira.
A corrupção no Peru atingiu um novo patamar com a condenação do ex-presidente Alejandro Toledo a 20 anos e seis meses de prisão. A Justiça peruana considerou-o culpado de receber propinas milionárias da construtora brasileira Odebrecht em troca de contratos com o seu governo.
A decisão judicial é um golpe duro contra a corrupção no país e demonstra a determinação das autoridades em combater a suborno e a propina em todos os níveis. A Odebrecht, uma das maiores construtoras do Brasil, foi acusada de pagar propinas a funcionários públicos para obter contratos lucrativos. A condenação de Toledo é um exemplo de que a justiça pode ser feita e que a corrupção não será tolerada. A luta contra a corrupção é um desafio contínuo.
Condenação por Corrupção
A Suprema Corte do Peru anunciou, nesta segunda-feira (21), que o ex-presidente Alejandro Toledo Manrique foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção. Toledo, de 78 anos, estava presente na audiência e foi acusado de receber US$ 35 milhões (aproximadamente R$ 200 milhões) em propinas da Odebrecht, em troca de favorecê-la em um contrato para construir uma estrada que liga a costa sul do Peru à Amazônia brasileira.
A Odebrecht, agora conhecida como Novonor, esteve no centro do maior escândalo de corrupção da América Latina, após admitir em 2016 que subornou autoridades de mais de uma dezena de países para garantir contratos de obras públicas. Toledo negou as acusações de lavagem de dinheiro e conluio durante o julgamento, que durou um ano.
Corrupção e Suborno
A condenação de Toledo é mais um capítulo no longo histórico de corrupção que envolve a Odebrecht. A empresa admitiu ter pago propinas a autoridades de vários países para garantir contratos de obras públicas. O caso de Toledo é um exemplo claro de como a corrupção pode levar a consequências graves, incluindo a perda de liberdade.
Toledo comandou o Executivo do Peru entre 2001 e 2006 e foi acusado de receber propinas da Odebrecht em troca de favorecê-la em um contrato. A Suprema Corte do Peru considerou as provas apresentadas pela promotoria e condenou Toledo a uma pena de prisão.
Pedido de Cumprimento de Pena em Casa
Na semana passada, Toledo pediu à Suprema Corte que o deixasse cumprir a pena em casa, alegando que estava lutando contra um câncer. No entanto, a Corte não aceitou o pedido e determinou que Toledo cumprisse a pena em uma prisão. A condenação de Toledo é um exemplo de como a justiça pode ser aplicada em casos de corrupção e suborno.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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