Investigação do Departamento de Segurança Interna dos EUA apura esquema de pirâmide digital com prejuízo de R$ 280 milhões, com mandados de busca e operação.
O ex-volante Jucilei, que já defendeu times como Corinthians e São Paulo, além de ter integrado a seleção brasileira, foi vítima de um golpe bilionário que prometia lucros exorbitantes para quem investisse suas economias em bitcoins. A fraude, que foi revelada em uma reportagem exibida pelo Fantástico no último domingo, deixou o ex-jogador de futebol com um prejuízo estimado em R$ 45 milhões.
De acordo com as investigações, o golpe foi parte de um esquema complexo que envolvia a promessa de altos rendimentos para os investidores. No entanto, em vez de gerar lucros, o dinheiro era desviado para contas bancárias controladas pelos responsáveis pela trapaça. A falta de transparência e a promessa de ganhos fáceis foram os principais fatores que levaram Jucilei a cair na armadilha. A polícia continua investigando o caso e busca identificar os responsáveis pelo esquema.
O Golpe do Sheik do Bitcoin
Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o Sheik do Bitcoin, é um brasileiro que mora no Paraná e é suspeito de ter montado um esquema de pirâmide que causou prejuízo de US$ 50 milhões (R$ 280 milhões) a investidores nos Estados Unidos. A investigação do Departamento de Segurança Interna dos EUA descobriu que o verdadeiro dono da empresa Forcount, que oferecia investimentos em criptomoedas e sistema de pagamentos digital, era Francisley, e não Salvador Molina, um ator contratado que aparecia nas redes sociais como o CEO da empresa.
A Polícia Federal brasileira foi acionada para ajudar na investigação e descobriu que Francisley tinha problemas em duas empresas no Brasil: a Rental Coins e a InterAg. Ele foi alvo de uma operação com mandados de busca e apreensão em 20 endereços ligados a ele, e a investigação determinou que em 2022, o valor total movimentado por essa estrutura criminosa girou em torno de R$ 4 bilhões.
O Esquema de Fraude
Segundo a polícia, o esquema de Francisley produziu 15 mil vítimas no Brasil, que ainda esperam recuperar uma parte do dinheiro investido nas empresas dele. O advogado das vítimas, Bernardo Regueira Campos, destacou que Francisley sempre gostou de esbanjar e mostrar para as outras pessoas que tinha condições, e que receber na casa dele sempre foi um bom anfitrião. No entanto, mesmo com o escândalo, Francisley não mudou de hábitos e continuou montando esquemas, usando os nomes de ex-funcionários para abrir novas empresas.
A Trapaça Continua
No mês passado, Francisley voltou a ser preso pela PF, e é suspeito no Brasil pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro. Ele é réu, ao lado dos sócios da Forcount, em um processo semelhante nos Estados Unidos. A investigação mostrou que Francisley usou uma trapaça para enganar os investidores, e que o Golpe do Sheik do Bitcoin é um exemplo clássico de esquema de pirâmide.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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