Monica Benicio, viúva de Marielle, critica inclusão de ex-chefe da Polícia do Rio em lista de suspeitos, chamando de atentado ao estado democrático de direito.
A vereadora Monica Benício (Psol) revelou que teve uma surpresa ao descobrir que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, é um dos suspeitos de mandar matar Marielle Franco.
Além disso, Barbosa foi preso nesta manhã junto dos irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão. Os três são suspeitos de serem os mandates do assassinato da vereadora e foram alvo de uma operação deflagradas neste domingo da Polícia Federal, da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público.
A vereadora Monica Benício (Psol) viúva de Marielle Franco, expressou sua surpresa ao descobrir que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, é um dos suspeitos de mandar matar sua esposa . Além disso, o ex-chefe da Polícia foi preso nesta manhã junto dos irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão. Os três são suspeitos de serem os mandates do assassinato da vereadora e foram alvo de uma operação deflagradas neste domingo da Polícia Federal, da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público.
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Repercussão das Prisões de Marielle Franco
‘Se por um lado, o nome da família Brazão não nos surpreende tanto, o nome de Rivaldo Barbosa sem dúvida nenhuma foi uma grande surpresa, em especial considerando que ele foi a primeira autoridade que recebeu a família no dia seguinte, dizendo que seria uma prioridade da Polícia Civil a elucidação desse caso’, declarou.
Além disso, a vereadora Marielle Franco, que foi brutalmente assassinada em 14 de março de 2018, recebia constantemente ameaças de morte e teve sua atuação política comprometida por interferências externas.
‘Hoje saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu hoje tem envolvimento nesse mando é para nós entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma falha que chegamos a seis anos de dor, mas também por ter sido conivente com todo esse tempo de não elucidação do caso. A Polícia Civil não apenas errou, mas foi também cúmplice desse processo’.
Durante o período após as prisões, as famílias das vítimas demonstraram sua indignação e determinação em buscar justiça. A vereadora Marielle Franco era conhecida por sua postura combativa e por defender os direitos humanos, tornando-se um símbolo de luta e resistência.
Na saída da Superintendência da Polícia Federal do Rio, para onde foi após as prisões, Benício disse ainda que as prisões ‘não são o fim’.
‘As prisões não são o fim desse caso, mas também o início de uma nova luta. Queremos que todas as pessoas que tiveram qualquer tipo de contribuição, relação e envolvimento sejam responsabilizadas’, disse Benício ao deixar a sede da Polícia Federal no Rio.
Marielle Franco era uma defensora incansável dos direitos das mulheres, dos negros e dos moradores de favelas, e sua morte teve um impacto profundo na sociedade. Sua morte gerou protestos em todo o país e o clamor por justiça ainda ecoa nos corações daqueles que a admiravam.
‘Espero que, ao rigor da lei mais severa possível, todos os envolvidos sejam responsabilizados. Nem só porque as nossas famílias precisam, mas porque a democracia necessita disso’.
A viúva de Anderson Gomes, Agatha Gomes, também foi à Superintendência da PF e disse, na saída, que só terá paz quando entender o que motivou o crime.
Fonte: G1 – Política
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