O primeiro fundo de investimento, lançado há 20 anos, patina há cinco anos, representando apenas 1% dos fundos de investimentos no mercado nacional.
Com o advento dos ETFs, o mercado brasileiro observou um significativo crescimento na diversificação dos investimentos, especialmente entre os investidores individuais. Essa tendência tem sido impulsionada pela ampliação da oferta de produtos que contemplam diferentes mercados, ativos e estratégias, tornando-os mais atraentes para os investidores que buscam uma abordagem mais diversificada em seus portfólios financeiros.
Os ETFs têm desempenhado um papel fundamental na democratização do acesso a diferentes ativos de investimento, incluindo fundos, tornando-os mais acessíveis para uma ampla gama de investidores. Com a opção de investir em ETFs de renda fixa, os investidores têm a oportunidade de diversificar suas carteiras e mitigar riscos, já que esses produtos oferecem exposição a diferentes classes de ativos, como títulos públicos e privados, além de outros ativos de renda fixa.
ETFs
ETFs representam apenas 1% do mercado de fundos no Brasil e ainda enfrentam desafios para crescer. A classe patina para aumentar sua relevância na indústria de fundos, apesar de ter avançado em termos de popularidade e regulamentação. Segundo Renato Eid, sócio e líder de estratégias beta e investimento responsável no Itaú Asset Management, isso significa que a classe ainda tem potencial de crescimento.
Investimento Responsável
Investidores estão procurando por opções de investimento mais responsáveis e o ETF pode ser uma alternativa atraente. Renato Eid afirma que a classe ainda tem potencial de crescimento, apesar de representar apenas 1% do mercado de fundos. ‘Talvez, quando lançamos o primeiro ETF listado no Brasil, o mercado não estivesse maduro para absorver o produto naquele momento’, diz Eid.
Classe de Investimentos
A classe de investimentos em ETFs ainda enfrenta desafios para crescer no Brasil. Segundo Sergio Guimarães, assessor sênior na área de mercado de capitais no BNDES, o mercado nacional está num ponto médio. Guimarães afirma que o BNDES estruturou em 2004, em parceria com a então Bovespa, o primeiro ETF brasileiro: o fundo Papéis de Índice Brasil Bovespa (PIBB).
Patrimônio Líquido
Em dezembro de 2019, o patrimônio líquido de R$ 29 bilhões sob gestão de ETFs representava 0,9% da indústria de fundos. Desde então, a classe tem dificuldades para aumentar a fatia de 1% de participação na indústria de fundos. Em 2021, o patrimônio líquido dos ETFs estacionou na casa dos R$ 43 bilhões, auge em termos de participação da classe nos últimos anos.
Desafios para Crescer
Existem desafios para que a classe de investimentos em ETFs cresça no Brasil. Segundo Eid, não existe uma resposta única que explique a dificuldade para o crescimento da classe, mas as questões passam, em parte, pela cultura de investimentos local e pela necessidade de aprimorar os índices. ‘A cultura de investimentos no Brasil é uma barreira para o crescimento da classe’, afirma Eid.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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