Estudo no Brasil alerta sobre riscos da alta prescrição de bombinhas SABA para alívio rápido dos sintomas, incluindo corticosteroides orais.
Recentemente, foi divulgada uma pesquisa que revelou que a utilização exagerada e incorreta de uma certa bombinha para asma pode elevar a possibilidade de ocorrência de reações adversas da condição, prejudicando a saúde do paciente.
É essencial estar atento ao modo correto de utilizar o dispositivo inalatório para asma, a fim de evitar complicações desnecessárias. A escolha adequada do inalador e a orientação médica são fundamentais para garantir o tratamento eficaz da doença respiratória.
Estudo aponta prescrição excessiva de bombinha de asma no Brasil
Uma análise de dados coletados em diversas regiões do Brasil revelou um cenário preocupante em relação à prescrição de bombinhas de asma. O estudo, parte da pesquisa global SABINA, patrocinada pela AstraZeneca, identificou um padrão de prescrição excessiva de SABA, um tipo de bombinha composta por broncodilatador inalatório de curta duração.
Essas bombinhas, indicadas para o alívio rápido dos sintomas da asma, têm sido prescritas de forma desproporcional no país. O uso inadequado desses dispositivos pode levar a complicações, como a necessidade de tratamentos mais agressivos, incluindo corticosteroides orais.
A asma, uma das doenças respiratórias mais comuns no Brasil, requer um cuidado especial no que diz respeito ao uso de medicamentos inalatórios. O estudo mostrou que a prescrição excessiva de SABA está relacionada a exacerbações graves da doença, aumentando a inflamação e os riscos à saúde dos pacientes.
Os pesquisadores analisaram dados de 218 pacientes asmáticos, que relataram o uso de bombinhas no tratamento da doença. Surpreendentemente, mais de 80% dos participantes receberam prescrição de SABA além da terapia de manutenção, com uma média de 11,2 frascos do medicamento utilizados nos últimos 12 meses.
Além disso, o estudo revelou que quase metade dos pacientes que utilizaram esse tipo de bombinha apresentaram exacerbações graves da doença, o que reforça a importância de uma prescrição adequada e consciente desses dispositivos.
Os resultados desse estudo alertam para a necessidade de uma revisão nas práticas de prescrição de bombinhas de asma no Brasil. O uso excessivo de SABA pode mascarar a gravidade da doença e levar a consequências negativas para a saúde dos pacientes.
É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos aos protocolos de prescrição e utilização de dispositivos inalatórios, garantindo um tratamento eficaz e seguro para os pacientes asmáticos. A conscientização sobre os riscos associados à prescrição excessiva de bombinhas de asma é essencial para promover a saúde respiratória da população brasileira.
Fonte: © CNN Brasil
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