O caso foi denunciado à Procuradoria-Geral da República, solicitando inquérito para apuração dos fatos envolvendo futuros profissionais de saúde, prejudicados por valores discriminatórios que violam direitos fundamentais, em condição socioeconômica vulnerável, contrariando preceitos democráticos.
Os Jogos Jurídicos Estudantis de 2024, realizados em Americana/SP, foram palco de racial e preconceituosos incidentes envolvendo estudantes da PUC/SP e alunos da USP. Esses episódios, que ganharam força nas redes sociais, evidenciaram a falta de tolerância e respeito entre os estudantes, resultando em um ambiente discriminatório.
A inferioridade de racial de alguns estudantes foi explicitamente discriminada, demonstrando uma atitude desumanizadora. A atuação de alguns estudantes, que promovia a superioridade de certas raças, foi uma completa demonstração do que é racial e fere diretamente a dignidade do ser humano. A PUC/SP e a USP devem dar atenção a esse ocorrido, pois a inferioridade racial não é algo aceitável em nenhuma sociedade.
Manifestações Raciais em Jogos Jurídicos
As imagens que circulam nas redes sociais revelam um grupo de estudantes da PUC, afixando insultos como ‘pobre!’, ‘ainda por cima é cotista’ e ‘cotista filho da puta’ contra estudantes negros da USP. Essa cena absurda chama a atenção para a necessidade de repensar os valores que norteiam o comportamento de futuros profissionais de direito no Brasil.
Denúncia Formalizada
A co-deputada estadual Letícia Chagas, em conjunto com a deputada Federal Sâmia Bomfim e a vereadora Luana Alves, denunciou o caso ao Ministério Público, solicitando a abertura de inquérito para apurar o ocorrido. A denúncia lembra que as ofensas ultrapassam o ambiente de rivalidade esportiva e configuram um comportamento discriminatório, associando a condição socioeconômica e racial dos estudantes cotistas a uma suposta inferioridade racial. A documentação ressalta ainda que essas atitudes configuram violação aos direitos fundamentais e ferem diretamente os valores da dignidade humana e da igualdade.
Nota de Repúdio
Diante do ocorrido, a Faculdade de Direito da USP e a PUC-SP, juntamente com os Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto, emitiram uma nota conjunta de repúdio, classificando o episódio como ‘absolutamente inadmissível’ e contrário aos valores democráticos e humanistas das instituições. A nota destaca a necessidade de apuração rigorosa e punição exemplar para os responsáveis, realçando a importância de combater todas as formas de hostilidade no meio acadêmico.
A segregação social é um desafio no Brasil, mas o ambiente universitário deve atuar como um espaço de reparação e transformação. Incosistentes como esse reforçam a urgência de combater todas as formas de hostilidade no meio acadêmico, garantindo que os jovens futuros profissionais estejam preparados para promover os valores democráticos e humanistas em todas as suas ações.
Fonte: © Migalhas
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