Secretaria de Saúde busca prevenção e redução de óbitos causados por arbovírus, como dengue, zika e febre amarela, com medidas e estratégias adotadas.
O combate à dengue é uma prioridade para o Governo do Distrito Federal (GDF). A Secretaria de Saúde (SES-DF) tem trabalhado intensamente para evitar o aumento de casos no atual cenário epidemiológico do resto do País. Além do reforço nos estoques de insumos e do incremento da capacidade de resposta das áreas de assistência e vigilância, medidas de prevenção da dengue estão sendo ampliadas, como a conscientização da população e a intensificação das ações da vigilância ambiental em áreas endêmicas.
A luta contra a dengue faz parte do esforço contínuo do Governo do Distrito Federal (GDF) no combate às arboviroses. Além das medidas adotadas para prevenir a propagação da dengue, a Secretaria de Saúde (SES-DF) tem fortalecido as ações de vigilância e assistência nas unidades de saúde, garantindo uma resposta eficaz diante desse desafio. A prevenção da dengue é essencial para a saúde da população, e o GDF está empenhado em proteger os cidadãos contra essa ameaça, ressaltando a importância da manutenção de ambientes livres de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Combate à Dengue: Estratégias de Prevenção e Fortalecimento da Assistência
‘As medidas adotadas são cruciais para também despertar a atenção da população. Todos precisam começar a enxergar o tema como prioritário. Além das ações conjuntas da SES-DF com os demais órgãos, é necessário que cada indivíduo compreenda a importância de cuidar do seu ambiente, pois a prevenção é a melhor forma de combater o mosquito’Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
Medidas Adotadas para a Prevenção da Dengue
Kátia Moreira foi vítima do Aedes aegypti há cerca de um mês. ‘Tive dengue duas vezes, e a segunda foi muito pior’, relata a massoterapeuta. Residente em Brasília, ela recebeu atendimento na unidade básica de saúde (UBS) da 904 Sul e foi encaminhada para tratamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). ‘Após cinco dias, tive uma melhora mas, depois, uma recaída, com mais uma semana de febre e intensa dor de cabeça’, explica. Kátia revela que, na mesma época, seu filho de 19 anos também contraiu a doença. ‘Agora que sei do aumento dos casos, vou redobrar a atenção. Não quero passar por isso novamente; foi uma experiência horrível‘, conclui.
Artigos Relacionados
O foco das ações da SES-DF é reduzir o número de ocorrências e, especialmente, evitar óbitos decorrentes das chamadas arboviroses – doenças causadas pelo arbovírus, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. ‘As estratégias adotadas são essenciais para despertar também a atenção da população. Todos precisam começar a enxergar o tema como prioritário. Além das ações conjuntas da SES-DF com os demais órgãos, é necessário que cada indivíduo compreenda a importância de cuidar do seu ambiente, pois a prevenção é a melhor forma de combater o mosquito’, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Ampliação das Ações e Prevenção da Dengue
Apesar da diminuição nos casos de dengue no DF neste ano – uma redução do 53% de acordo com o último boletim epidemiológico -, é importante considerar o contexto nacional. De janeiro a novembro de 2023 o Brasil registrou aproximadamente 1,6 milhão de casos prováveis, representando um aumento de 15,8% em comparação com o mesmo período de 2022.
A chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Cristina Soares Campelo, destaca que a dengue apresenta um comportamento sazonal na capital federal, ocorrendo, principalmente, de outubro a maio. ‘Vamos monitorar semanalmente um conjunto de indicadores para determinar o cenário entomo-epidemiológico e subsidiar a rápida tomada de decisão e articulação de ações-resposta’, assegura.
Fortalecimento da Assistência e Estratégias Adotadas
A profissional explica que, de outubro para dezembro, o DF apresentou um aumento nos casos do sorotipo DenV2, com um acréscimo de 255 ocorrências. Campelo diz que isso é preocupante, pois desde o ano passado, o sorotipo circulante era o DenV1. ‘O vírus tipo 2 é mais agressivo. Com ele, o paciente rapidamente apresenta sinais graves. A população que já contraiu dengue uma vez, pode ser afetada de novo’, alerta.
Atualmente, a SES-DF conta com mais de 28 veículos para a aplicação de inseticida (o ‘fumacê’) e cerca de 700 servidores para a visitação de imóveis, onde realizam combate a larvas, aplicação de larvicidas e ações educativas.
Experiência Horrível e Óbitos Decorrentes
As ações fazem parte do Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses para o período de 2024 a 2027, desenvolvido em colaboração com as áreas técnicas e a Sala Distrital. Esta última é formada pela rede de órgãos do DF participantes, como administrações regionais, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), Defesa Civil, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Casa Civil, Departamento de Trânsito (Detran), entre outros.
O Ministério da Saúde (MS) deve instalar ainda a Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente de monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e zika. A ideia, segundo a pasta, é preparar o Brasil para uma alta de casos dessas doenças nos próximos meses.
Com foco na ampliação da transparência dos dados, o MS também lançou o Painel Público de Monitoramento de Arboviroses. A ferramenta traz, em tempo real, o número de casos prováveis, óbitos, taxa de letalidade, incidências e hospitalizações por dengue, zika e chikungunya. A plataforma possibilita fazer comparativo entre o ano atual e o anterior, trazendo recortes por faixa etária, sexo, estado e município.
Estratégias Adotadas para o Combate à Dengue
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a dengue tem quatro sorotipos, e a infecção por um deles cria imunidade contra o mesmo sorotipo. Porém, o indivíduo pode contrair dengue se tiver contato com um sorotipo diferente. Como poucas pessoas contraíram o tipo 3, há risco de epidemia uma vez que há baixa imunidade contra esse sorotipo.
Com informações da agência Brasília
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo