Aliados do ex-presidente temem novas delações envolvendo Braga Netto, militar e aliado, em reuniões importantes com Bolsonaro.
O presidente Bolsonaro está enfrentando novos desafios no cenário político, com um depoimento marcado na Polícia Federal para esta quinta-feira (22). No entanto, estratégias nos bastidores estão causando agitação entre aliados, já que auxiliares de Bolsonaro atribuem qualquer tentativa de tumultuar a eleição ou o pós-eleição a uma mentoria do general Braga Netto.
Jair, ex-presidente, está sendo influenciado por aliados a discutir medidas de virar a mesa, e o general da reserva, ex-vice derrotado na chapa com Bolsonaro, é apontado como o principal responsável por essa situação, incentivando-o a agir de tal forma.
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Apoiadores de Bolsonaro discutem estratégias golpistas em reunião
Recentemente, ganhou força a repercussão de um vídeo em que Bolsonaro e ministros discutiam ideias de golpe. Sobre essa reunião, aliados do presidente minimizam o conteúdo, alegando que era apenas uma forma de ‘levantar a moral da tropa’.
É evidente, no entanto, que desde o início das investigações, Bolsonaro demonstra preocupação com a possibilidade de ele próprio ou seus filhos serem presos. Por isso, tenta desviar responsabilidades e atribuir ações dos assessores como ‘excesso de iniciativa’. Um exemplo disso é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
Reuniões importantes e a presença de aliados de Bolsonaro
Dentre essas reuniões cruciais, aparece a presença de Mauro Cid, por vezes referido como um simples ‘porteiro’ por aliados de Bolsonaro, apesar de exercer um papel muito mais significativo. A sua importância como interlocutor de Bolsonaro com os militares, por exemplo, é um fato desmentido pelas investigações.
Conforme explicado por um ex-ministro, Cid era a ponte entre Bolsonaro e os militares em momentos de grande relevância.
Desdobramentos das investigações e novas delações premiadas
Com a delação premiada de Mauro Cid, sua proteção por parte de Bolsonaro desapareceu, deixando o presidente preocupado com as possíveis consequências para outros aliados, como Marcelo Câmara, que também está envolvido e irá depor em breve.
No final do governo, Câmara ocupou a assessoria pessoal de Bolsonaro, tornando-se uma figura de grande importância na esfera do ex-presidente. Apesar da lealdade inicial de Câmara, os bolsonaristas não descartam a possibilidade de novas delações, semelhantes à de Cid, que era considerado o principal aliado de Bolsonaro.
Golpe de Estado e interferências de aliados de Bolsonaro
Ex-assessores de Bolsonaro foram intimados pela Polícia Federal a depor sobre o golpe de Estado, enquanto militares tentam evitar responsabilidades, empurrando a culpa para o governo Bolsonaro. Em seu depoimento, Anderson Torres deverá alegar que expressar opinião em uma reunião fechada não configura crime.
Fonte: G1 – Política
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