Anvisa diz que produto é seguro, mas reavaliará evidências científicas de corante alimentar, aditivo e conservante BHA, com foco em investigações em animais e câncer em ratos, além de cosméticos e medicamentos.
A aprovação da utilização de corantes alimentícios no Brasil é regulada pela Anvisa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é responsável por fiscalizar e aprovar a utilização de corantes em alimentos no Brasil. A eritrosina, um corante vermelho comum, é amplamente utilizada em produtos alimentícios e ainda não foi revogada no país.
A eritrosina, também conhecida como corante vermelho número 3, é um corante comum em muitos produtos alimentícios. A revogação da autorização para o uso do corante vermelho n.3 nos EUA não afeta a sua utilização no Brasil. Em 2 de março de 1971, o FDA americano permitiu o uso do corante vermelho n.3 em alimentos e drogas orais. Mas agora, em 2022, essa autorização foi revogada. A Anvisa, por outro lado, ainda não revogou a autorização para o uso da eritrosina em alimentos no Brasil e em alimentos é utilizado como um corante em questão. A utilização da eritrosina em alimentos no Brasil segue regulamentada pela Anvisa. O uso da eritrosina em alimentos continua autorizado no Brasil.
Proibição da Eritrosina: Impactos na Indústria Alimentícia
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA recentemente anunciou a proibição da eritrosina, um corante alimentar sintético, após uma petição de organizações relacionadas à saúde alimentar. A medida visa proteger a saúde pública, mas como isso afeta a indústria alimentícia e o mercado de cosméticos?
Uso da Eritrosina em Alimentos e Medicamentos
A eritrosina, também conhecida como corante vermelho n.3, é um corante alimentar amplamente utilizado em doces, bolos, cupcakes, biscoitos, sobremesas congeladas, coberturas e glacês. Além disso, é encontrado em medicamentos ingeridos, buscando dar aos alimentos e produtos uma cor vermelho-cereja brilhante. Derivado do petróleo, a eritrosina foi amplamente utilizada em produtos alimentícios e cosméticos.
Câncer em Ratos e Riscos à Saúde Humana
Embora não haja estudos definitivos sobre os efeitos da eritrosina em humanos, investigações em animais apontaram para o risco de câncer, problemas digestivos, alergias e interrupção da função da tireoide. Esses resultados levaram a FDA a revogar a autorização da eritrosina, com base na Cláusula Delaney, que proíbe a autorização de aditivos alimentares se forem descobertos que induzem câncer em humanos ou animais.
Repercussões para a Indústria Alimentícia e Cosméticos
Com a proibição da eritrosina, fabricantes de alimentos terão até janeiro de 2027 para substituir o corante, enquanto as farmacêuticas têm até 2028 para remover a eritrosina das suas fórmulas. Essa medida influenciará a formulação de alimentos e cosméticos, com possíveis mudanças na aparência e sabor dos produtos.
Escopo e Investigação Científica
A proibição da eritrosina segue uma tendência global de maior rigor nas avaliações de ingredientes alimentares. Investigadores, como a nutricionista Camille Perella Coutinho, pesquisadora do Food Research Center, na Universidade de São Paulo, enfatizam a importância de pesquisas rigorosas para garantir a segurança dos alimentos e produtos para o consumo humano.
Proteção à Saúde Pública e Repercussões Econômicas
A proibição da eritrosina é uma medida preventiva para proteger a saúde pública, mas também pode ter impactos econômicos na indústria alimentícia e cosmética. A substituição do corante pode resultar em custos adicionais para os fabricantes, e a mudança da formulação de produtos pode afetar a aparência e a aceitação dos produtos pelos consumidores.
Regulamentação e Fiscalização
A Anvisa, em resposta à proibição da FDA, estudará as referências científicas da petição apresentada à autoridade americana, verificando a existência de justificativa para uma reavaliação da permissão da eritrosina no Brasil. A agência reguladora busca garantir a segurança dos alimentos e produtos para o consumo humano.
Conclusão
A proibição da eritrosina pela FDA representa um passo importante na direção de uma maior segurança alimentar e cosmética. Embora ainda não haja estudos definitivos sobre os efeitos da eritrosina em humanos, as investigações em animais apontaram para o risco de câncer, alergias e problemas digestivos. A indústria alimentícia e cosmética deverá se adaptar à nova norma, e a regulamentação e fiscalização continuarão a ser fundamentais para garantir a segurança dos produtos.
Fonte: @ Veja Abril
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