Na última semana, Moema e Jardim Paulista, bairros sul-oeste e oeste de São Paulo, respectivamente, ultrapassaram a incidência acima de 300 casos por 100.000 habitantes (métrica da OMS), marcando epidemias locais. Condições favoráveis permitiram grandes números de casos. Visiteiros com vasos de plantas e corredores apertados contribuíram. Pequenas vasilhas penduradas e população idosa também estão implicadas.
(FOLHAPRESS) – Todos os bairros da metrópole de São Paulo já enfrentam uma epidemia de dengue, de acordo com o relatório epidemiológico da prefeitura divulgado hoje, segunda-feira (29).
Já é evidente que a situação se agravou e a epidemia de dengue está se espalhando rapidamente pela cidade, caracterizando um outbreak preocupante. A população necessita estar alerta e adotar medidas preventivas urgentes para conter a propagação da enfermidade e proteger a saúde pública. A união de esforços e a conscientização coletiva são fundamentais para enfrentar essa crise de saúde. Agir com responsabilidade é essencial para combater essa epidémica e preservar o bem-estar de todos.
Desafios na luta contra a epidemia de dengue
Até a última semana, a maioria dos distritos de São Paulo enfrentava uma epidemia de dengue, com níveis de incidência acima do considerado crítico pela OMS. A região de Moema e Jardim Paulista resistia, mantendo-se abaixo da marca de 300 casos por 100 mil habitantes, mesmo diante do surto que assolava a cidade.
O novo boletim divulgado revelou a persistência da epidemia em diversos distritos, com números alarmantes. Enquanto Moema registrava 304,1 casos, Jardim Paulista contabilizava 329,0 casos por 100 mil habitantes. Distritos como Saúde, Vila Mariana e República também viam suas incidências aumentando, mas ainda abaixo dos valores extremos.
Por outro lado, localidades como Jaguara, São Miguel, São Domingos, Itaquera e Guaianases enfrentavam uma situação crítica, com números estratosféricos de incidência. A explicação para a surpreendente prevalência de casos em Jaguara era atribuída a uma concentração significativa nos primeiros meses do ano.
A Covisa identificou que a Vila Jaguara oferecia condições favoráveis à proliferação do mosquito transmissor, com casas sem quintal, vasos de plantas nas calçadas e até mesmo em corredores apertados. A população idosa, majoritária na região, mantinha uma relação estreita com as plantas, contribuindo para a manutenção dos criadouros do mosquito.
A incidência geral na cidade de São Paulo atingia níveis preocupantes, com mais de 220.000 casos registrados somente em 2024, e uma taxa de 1.832,7 casos por 100 mil habitantes. Apesar dos esforços, a Covisa reconhecia a estabilização dos números, indicando um platô na transmissão da doença nas semanas mais recentes.
A análise epidemiológica revelava um padrão de crescimento esperado, com uma média constante de novos casos a cada semana. O desafio agora era manter o controle sobre a epidemia, implementando medidas mais eficazes de combate à proliferação do mosquito e conscientização da população. O ritmo de novos casos permanecia alto, sinalizando a necessidade de ações continuadas para conter a propagação do vírus.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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