Paciente sofre de dor relacionada à saúde mental, sintomas complexos: origem psíquica, desordem mental, traumas, luto, estresses vividos, taquicardias, insomnía, formigamento, distúrbios na fala e andar, paralisações, crises neurológicas, gastrointestinais, cardiorrespiratórios e sexuais, multidisciplinar: equipe, conjunto de sintomas, intrapsíquico, sistema orgânico diferente, por mais de dois anos.
Encontrar indivíduos que relatam, por anos, dores inexistentes em exames de imagem e lidam com obstáculos para obter um diagnóstico é comum quando se trata de somatização. Reconhecer os sintomas físicos causados por questões emocionais é um desafio significativo para profissionais da saúde e para aqueles que enfrentam esse quadro.
A somatização pode ser um reflexo da mente no corpo, resultando em manifestações físicas sem causa orgânica aparente, caracterizando uma condição psicossomática. É fundamental abordar as causas emocionais por trás dos sintomas para oferecer um tratamento eficaz e abordar a saúde de forma integral.
Somatização: entender os sintomas físicos em conexão com as emoções
é essencial compreender a somatização, uma condição psicossomática intrincada que se apresenta como uma desordem física originada ou agravada pelas emoções do paciente. Esta manifestação de desordem física pode surgir de diversas causas, como um trauma, separação, luto, episódio de estresse, entre outras situações. Aqueles que somatizam costumam perceber apenas os sintomas físicos, sem estabelecer conexões com transtornos mentais.
Conforme explicado por especialistas, a somatização é um termo guarda-chuva que abrange um conjunto de sintomas físicos relacionados a conflitos intrapsíquicos, mentais ou estresse vivenciado, nos quais a pessoa enfrenta dificuldades para lidar com seus sentimentos e emoções. O psiquiatra Luiz Gustavo Vala Zoldan destaca a importância de compreender que a somatização reflete um conflito interno expresso por sintomas físicos diversos, incluindo dores corporais como dores articulares, musculares, de cabeça e abdominais, podendo se assemelhar a condições como gastrite, mas não se limitando a elas.
Além das dores físicas, a somatização pode também provocar sintomas como taquicardias, dormências, formigamentos em partes do corpo, distúrbios na fala, alterações na marcha e até mesmo uma variedade de paralisações em membros inferiores ou superiores. Conforme a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), para ser considerado um somatizador, o paciente deve apresentar mais de três sintomas, de sistemas orgânicos diferentes, por mais de dois anos.
A somatização na prática: sintomas dolorosos e impacto nos sistemas orgânicos
Os sintomas que caracterizam a somatização são reais e não inventados, ressaltando a diferença crucial entre somatização e simulação. Enquanto na simulação o paciente produz sintomas intencionalmente em busca de ganhos secundários, na somatização os sintomas são uma resposta do corpo a situações dolorosas ou estressantes, sem nenhum ganho secundário planejado.
Os sintomas somáticos abrangem uma ampla gama de sensações reais, como dores, paralisias, formigamentos, espasmos musculares, falta de sensibilidade em áreas do corpo e muito mais. E é fundamental compreender que esses sintomas podem ser comprovados por exames físicos, sendo mensuráveis e reais para quem os experiencia. Apenas aqueles que enfrentaram ou estão enfrentando um processo de somatização podem compreender verdadeiramente a complexidade e o impacto dessa condição psicossomática em suas vidas.
Fonte: © CNN Brasil
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