O presidente passou por craniotomia cirúrgica para drenar o hematoma decorrente de sua queda em outubro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob grande vigilância médica, foi submetido a uma craniotomia na madrugada desta terça-feira, 10, para drenagem de um hematoma decorrente de uma grave hemorragia que pôs em risco a sua saúde. O procedimento, que foi realizado com sucesso, consiste na remoção de uma parte do osso do crânio para acessar o cérebro e fazer o tratamento na região afetada, que estava acometida pela hemorragia.
Segundo informações oficiais, a queda do presidente no banheiro em outubro, foi a causa direta para a hemorragia intracraniana. O procedimento cirúrgico foi realizado para drenar o hematoma e evitar complicações intracerebrais. O presidente está sob constante observação médica e a sua evolução está sendo acompanhada por uma equipe de especialistas.
Tratamento Cirúrgico para Hemorragias Cerebrais
O presidente permanece sob os cuidados médicos no Hospital Sírio-Libanês, estabelecimento prestigiado na capital paulista. Segundo Fernando Gomes, especialista em neurocirurgia, a cirurgia é realizada com anestesia geral, iniciando-se com uma incisão no couro cabeludo para a exposição do crânio. O objetivo é remover uma seção do osso craniano, criando um ‘flap’ que pode ser levantado, permitindo ao cirurgião acessar o cérebro e tratar a condição específica, como hemorragias intracerebrais, decorrentes de hematomas ou aneurismas. Após a remoção do osso, o cirurgião pode acessar o cérebro e tratar a condição específica, seja ela uma hemorragia intracraniana, intracerebral, um tumor cerebral, uma fratura que afeta o cérebro ou um abscesso.
A craniotomia é uma cirurgia de grande porte, conforme destaca o especialista, que também é professor livre docente da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, a craniotomia é indicada para a correção de malformações vasculares. A hemorragia intracraniana pode ser uma complicação grave, e a craniotomia é uma das opções de tratamento. O procedimento é considerado uma opção de tratamento para diversas condições que afetam o cérebro.
O especialista alerta que há uma chance de ocorrência de novos sangramentos após uma craniotomia, especialmente se a cirurgia foi realizada para tratar uma hemorragia. O risco depende de diversos fatores, incluindo a origem do sangramento, a saúde vascular do paciente e se houve a correção de problemas subjacentes que podem causar novas hemorragias, como hematomas intracerebrais.
A recuperação pode demorar de semanas a meses, dependendo do estado de saúde do paciente e da extensão do procedimento. Em alguns casos, pode ser necessário fazer um trabalho de reabilitação para restauração de funções cognitivas e motoras, seja por causa de uma recuperação de uma cirurgia de craniotomia ou de uma hemorragia intracraniana, intracerebral.
Fonte: @ Veja Abril
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