O governo de Maduro descumpriu acordo de realizar eleições realmente competitivas, tornando Corina Yóris inelegível e impedindo inscrições de outros.
As eleições na Venezuela estão programadas para acontecer no final de julho, mas a comunidade internacional está desconfiada de que o regime de Nicolás Maduro não garantirá um processo eleitoral livre e democrático, o que vai contra um compromisso assinado em outubro de 2023.
Maduro está concorrendo ao terceiro mandato consecutivo, sendo o primeiro em 2012. A coalizão Plataforma Unitária Democrática, composta por dez partidos de oposição, alega que não conseguiu registrar a candidatura de Corina Yóris. Além disso, o país latino-americano está vivendo um momento de grande tensão política.
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Novo posicionamento do governo brasileiro sobre a candidatura de Yoris
Recentemente, o governo do Brasil reiterou seu apoio à candidatura de Corina Yoris, enfatizando que não havia motivos para barrar sua candidatura. O governo brasileiro manifestou seu descontentamento com as ações do regime de Maduro, afirmando que a nota brasileira não foi influenciada por outro país.
Além do Brasil, mais de 11 países latino-americanos demonstraram preocupações com as eleições, incluindo Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Em um esforço conjunto, esses países estão promovendo eleições democráticas na Venezuela.
A mudança no cenário político da Venezuela
O regime político atual na Venezuela foi pressionado por diversos países a realizar eleições transparentes. Os Estados Unidos retiraram sanções econômicas e voltaram a comprar petróleo do país. Além disso, a Noruega mediou as negociações entre o governo e a oposição, com participação ativa de representantes diplomáticos do Brasil.
Após extensas negociações, governo e oposição venezuelanos assinaram o Acordo de Barbados em outubro, determinando a realização de eleições democráticas. Este acordo visava garantir a igualdade de oportunidades para todos os candidatos e oferecer garantias eleitorais.
Inabilitação de María Corina Machado e troca de candidatura
No entanto, o regime chavista desrespeitou o acordo ao inabilitar María Corina Machado. Ela decidiu nomear outra candidata, Corina Yoris, que, no entanto, não conseguiu se inscrever no sistema para registros de candidaturas, apesar de seus esforços pessoais para fazê-lo.
As ações do governo Maduro geraram repercussão internacional, com o posicionamento contrário do governo brasileiro em relação à inabilitação de Corina Yoris, resultando em tensões diplomáticas entre Brasil e Venezuela.
Reações internacionais diante da inabilitação de candidatos
Os EUA expressaram desapontamento com a inabilitação de Corina Yoris, restabelecendo sanções econômicas em resposta às ações do regime venezuelano. O descumprimento do Acordo de Barbados lança dúvidas sobre a realização de eleições realmente competitivas e justas na Venezuela.
O desenrolar dos acontecimentos levantou questões sobre a conduta das autoridades venezuelanas em relação à transparência e à democracia no país.
Especulações sobre os candidatos republicanos
Nicolás Maduro, Edmundo Gonzáles e Manuel Rosales se registraram como candidatos para as eleições, porém permanece incerto se os dois últimos disputarão de fato. Há discussões sobre a possibilidade de substituição dos candidatos e alianças entre partidos, trazendo incertezas sobre o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela.
O cenário político venezuelano permanece em constante transformação, suscitando desafios e questionamentos sobre a legitimidade das eleições no país. A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos das eleições venezuelanas em busca de um processo democrático e transparente.
Fonte: G1 – Política
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